A maior migração na ordem dos pássaros pertence a…

Andorinhas do Ártico. Estas pequenas aves voam cerca de 80 mil quilómetros por ano.

Já te falámos aqui no Jornalíssimo das borboletas-monarcas, as campeãs de voo na classe dos insetos, capazes de fazer 4000 quilómetros sem parar.

A migração das borboletas-monarcas parece pequena se comparada com as andorinhas do ártico, aves marinhas cujo nome científico é ‘Sterna paradisaea’.

Com um peso ligeiramente superior a 100 gramas e uma envergadura a rondar os 70 centímetros, estes pássaros protagonizam aquela que é provavelmente a maior migração do reino animal.

De onde e para onde viajam? O percurso que fazem leva estas andorinhas de um extremo ao outro do globo, através de várias rotas.

Na sua viagem de ida (e volta) do Ártico, onde nidificam (na Gronelândia, na Islândia ou no Estado norte-americano do Alasca), até ao Ártico, a ‘Sterna paradisaea’ chega a superar os 80 mil quilómetros de viagem. 

É a busca de alimento que leva estas aves a empreender uma viagem tão longa a cada seis meses. A migração permite-lhes desfrutar da estação mais quente em cada um dos extremos do globo, usufruindo assim de maiores recursos para a sua alimentação.

Os números de que te falamos foram conhecidos já em 2010, quando cientistas instalaram minúsculos dispositivos de geolocalização nestes pássaros, podendo assim monitorizar a sua viagem da Antártida para o Ártico.

Os dados recolhidos através da amostra de animais estudada revelaram que a viagem demorava aproximadamente 40 dias, com uma média de 520 quilómetros diários.

Tendo em conta que estes pássaros chegam a viver 34 anos, os cientistas fizeram cálculos e concluíram que, ao longo da sua vida, as andorinhas-do-ártico voam uma distância correspondente a três viagens de ida e volta da Terra à Lua – qualquer coisa como 2,4 milhões de quilómetros. Aqui encontras a distância da Terra à Lua em anos-luz.

O longo voo não é feito de seguida. Digamos que estas aves fazem “escala” em locais estratégicos para se alimentarem, ao longo do Atlântico, e poderem ter energia para continuar a bater asas até ao destino.

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