Waterloo: o fim de Napoleão foi há 200 anos
No bicentenário, falamos-te do imperador, das vitórias e das derrotas, e mostramos-te uma recriação da batalha em lego.
Toda a gente conhece Waterloo. Mais não seja da célebre música com que os Abba venceram o Festival da Canção em 1974.
Antes de ser uma música, e até mesmo a designação de uma histórica batalha, Waterloo era já o nome de uma localidade, hoje situada na Bélgica, a uma dezena de quilómetros de Bruxelas.
Dia 18 de junho de 1815, há precisamente dois séculos, dois nomes maiores da história militar europeia celebrizaram Waterloo numa batalha que marcou a derrota do imperador francês.
Napoleão Bonaparte foi vencido pelos exércitos inglês e alemão, comandados pelo Duque de Wellington, num confronto em que mais de dez mil homens perderam a vida.
Nascido na Córsega, Napoleão tornou-se general quando tinha apenas 24 anos e, aos 35, declarou-se imperador de França. Desde esse momento, tentou criar um império europeu, invadindo vários países com os seus exércitos, que Portugal tão bem conheceu durante as Invasões Francesas.
Napoleão não só tentou, como conseguiu. Em 1811, o seu poder estendia-se por um vasto território, que incluía a França, a Bélgica, os Países Baixos, uma parte da Alemanha e de Itália.
O monumental Arco do Triunfo, em Paris, comemora precisamente a hegemonia francesa conseguida com as inúmeras vitórias napoleónicas e foi mandado construir pelo próprio imperador.
As suas conquistas foram gerando grandes adversários, nomeadamente em Inglaterra. As duas potências confrontaram-se por mais do que uma vez. E não só em batalhas, como Portugal sabe bem – afinal foi pela Aliança com Inglaterra, o desrespeito pelo Bloqueio Continental, e a invasão das tropas napoleónicas que D. João VI e a Família Real fugiram para o Brasil.
A inimizade com Inglaterra sairia cara a Napoleão. Em 1815, o seu desejo de conquistar Bruxelas foi travado na Batalha de Waterloo. Aí, deparou-se com uma aliança entre países europeus unidos para o vencer. O Reino Unido, os Países Baixos e a Prússia (um antigo reino da Europa de Leste) uniram forças e derrotaram o exército francês.
Napoleão foi enviado para o exílio. Seria lá, na Ilha de Santa Helena, no oceano Atlântico, que morreria seis anos mais tarde.
Esses momentos vão ser hoje recordados em Waterloo (sinalizado no mapa) na maior recriação histórica de sempre da batalha, envolvendo cinco mil pessoas, na presença de grandes figuras europeias. O presidente francês François Hollande e o Primeiro-Ministro Manuel Valls não marcarão presença…
Podes assistir à recriação em direto no site oficial das comemorações.
Ou, se preferires, ver a recriação da Batalha de Waterloo em lego no vídeo que se segue.