A Declaração Universal dos Direitos Humanos faz 70 anos
Sabes porque foi criada? És capaz de enumerar pelo menos cinco dos 30 artigos que a compõem?
Por Cristina Rodrigues – IEFP/IHC-UNL*
Em 1945 terminava a II Guerra Mundial, que trouxe ao mundo inteiro milhões de mortes, feridos, países e cidades arrasados, num rasto de destruição nunca antes visto.
Perante este cenário dramático, com o objetivo de promover a paz e o desenvolvimento, e de evitar novas guerras, nasce a Organização das Nações Unidas (ONU). Embora os esforços para a sua criação viessem de trás, considera-se 24 de outubro de 1945 a sua data de nascimento. Nesse dia, a Carta das Nações Unidas foi ratificada pela maioria dos 51 países fundadores. Hoje fazem parte da ONU 193 países.
A comunidade internacional entendeu dever complementar a Carta das Nações Unidas, então aprovada, com um ‘guião’ sobre os direitos fundamentais de cada pessoa, em qualquer parte do mundo. Começou um longo processo de redação que demorou quase três anos.
Eleanor Roosevelt, viúva do Presidente dos Estados Unidos Franklim Roosevelt, desaparecido em abril de 1945, foi nomeada representante do seu país na ONU. Conhecida pela sua participação cívica e política intensa, Eleanor presidiu à Comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que viria a ser aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, reunida em Paris.
Esta Declaração enuncia os direitos de cada ser humano que são inalienáveis, ou seja, que cada um de nós tem direito por existir enquanto pessoa e que devem ser respeitados por todos.
Hoje, quase 70 anos depois, o mundo está ainda cheio de atropelos a estes direitos! Cabe a cada um de nós estar vigilante e garantir o seu cumprimento, que começa em cada casa, em cada rua, no pátio de cada escola.
Aqui ficam os direitos iniciais, dos trinta da DUDH, na sua versão simplificada. Convidamos os leitores do Jornalíssimo a conhecerem toda a Declaração, que está na internet à distância de um clique!
1. Todos Nascemos Livres e Iguais. Nascemos todos livres. Todos temos os nossos pensamentos e ideias. Deveríamos ser todos tratados da mesma maneira.
2. Não Discrimine. Estes direitos são de todos, independentemente das nossas diferenças.
3. O Direito à Vida. Todos temos o direito à vida, e a viver em liberdade e segurança.
4. Nenhuma Escravatura. Ninguém tem o direito de nos escravizar. Não podemos fazer de ninguém nosso escravo.
5. Nenhuma Tortura. Ninguém tem o direito de nos magoar ou de nos torturar.
6. Você Tem Direitos Onde Quer que vá. Eu sou uma pessoa igual a si!
7. Somos Todos Iguais Perante a Lei. A lei é igual para todos. Deve tratar-nos com justiça.
(*) Este artigo foi escrito no âmbito da parceria entre o Laboratório de História do Instituto de História Contemporânea (IHC), da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa – e o Jornalíssimo, com coordenação de Ana Paula Pires, Luísa Metelo Seixas, Ricardo Castro e Susana Domingues.