Por que festejamos os aniversários?
Hoje parece óbvio comemorar o dia em que nascemos, mas nem sempre foi assim. Sobretudo entre os cristãos.
Fazer uma festa no dia de anos é uma tradição com cabelos brancos. Tem séculos de história e origens pagãs, razão pela qual os católicos se recusaram a celebrar os aniversários durante anos e anos. Só no século IV, quando a Igreja Católica passou a festejar o nascimento de Jesus, surgiu entre os fiéis o hábito de celebrar o dia de anos.
Na Antiguidade, acreditava-se que comemorar o dia do nascimento garantia sorte para o ano que começava e era uma forma de espantar os espíritos maus, que se julgava estarem mais próximos do aniversariante nesse dia.
No entanto, eram só os homens que festejavam a data e, entre estes, o costume estava reservado aos mais ilustres e abastados. No Antigo Egipto, os Faraós davam grandes festas de aniversário; os Imperadores romanos também o faziam – as comemorações podiam incluir circos e combates de gladiadores!
Foram, porém, os gregos a deixar a maior marca na comemoração do dia de anos. O bolo redondo e as velas associam-se, geralmente, a Artemisa, a Deusa da caça. Uma das formas de veneração à filha de Zeus e Leto consistia em deixar bolos com a forma da lua cheia e velas nos altares do seu templo. Havia a crença de que a luz afastava os demónios e o fumo das velas levava as preces ao céu, tendo o poder mágico de conceder desejos.
É por isso que, ainda hoje, se diz ao aniversariante para pedir um desejo enquanto sopra as velas.