Nem tudo o que vem à rede é peixe
Um pescador australiano capturou há dias um “fóssil vivo”, digno de um filme de terror.
Durante muitos anos, os cientistas julgaram que o tubarão-cobra estava extinto. Havia registos fósseis deste animal, com cabeça e cauda de tubarão e corpo mais parecido ao de uma enguia, com 80 milhões de anos.
Em 2007, no Japão, um exemplar vivo do tubarão-cobra surpreendeu o mundo. Com o nome científico de Chamydoselachus anguineus, a espécie passou então a integrar a lista dos mais antigos organismos biológicos do planeta.
O tubarão-cobra é o que normalmente se chama um “fóssil vivo”: seres vivos que foram descobertos a partir de registos fósseis e só depois se descobriu que ainda existiam.
Desta vez, foi um pescador australiano a ser surpreendido pelo bicho que parece saído diretamente da pré-história. Dizem os relatos que o pescador não ganhou para o susto, o que não admira, olhando para a fotografia.
Sabe-se hoje que os tubarões-cobra subsistem nos oceanos Atlântco e Pacífico, mas raramente se veem uma vez que vivem a grande profundidade.
O que foi agora encontrado na Austrália media quase dois metros de cumprimento, o tamanho máximo da espécie, e tinha, como os seus familiares, 300 dentes distribuídos por várias fileiras. Apesar da dentição generosa, o tubarão-cobra não precisa de perder tempo a mastigar a presa… os seus maxilares longos e flexíveis permitem engoli-la inteira.