Um novo Colosso de Rodes para superar a crise na Grécia

A ideia de reconstruir a gigantesca estátua, uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo, é de um jovem arquiteto grego.

Preocupado com o crescente desemprego e com a crise económica no seu país, Rodas A. Palla, um jovem arquiteto grego, teve uma ideia: reconstruir a imponente estátua do deus grego do sol, que existiu até 225 a.C. e foi uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo.

A. Palla rodeou-se de outros jovens profissionais – arqueólogos, engenheiros civis, arquitetos, economistas – gregos, mas também espanhóis, italianos e ingleses, para desenhar o projeto.

No site que criaram para expor a ideia mostram as impressionantes imagens virtuais do que seria o novo Colosso de Rodes. Explicam, também, como a reconstrução da estátua poderia ser uma alternativa à austeridade que o país está a viver, ao criar emprego e promover o turismo na ilha grega durante os doze meses do ano.

O projeto é… colossal. Prevê uma estátua de 150 metros de altura (pensa-se que a estátua original tinha cerca de 32 metros, mais ou menos o equivalente a um edifício de dez andares), e várias estruturas no seu interior: um museu, onde ficariam expostos os vestígios arqueológicos da ilha atualmente abandonados ou guardados em armazéns; uma biblioteca e uma sala de exposições.

Recuperaria, também, a sua antiga função de farol e seria um ponto de referência noturna para barcos até um raio de 56 quilómetros de distância, tornando-o visível até da costa da Turquia. Este é um dado simbólico, num projeto que pretende constituir-se, também, como uma “ponte cultural” entre o Ocidente e o Oriente.

Se for construída, a estátua será a maior alguma vez vista. O projeto obedece a uma filosofia de autossustentabilidade, com o exterior revestido já não por bronze (como o monumento original), mas por painéis solares, capazes de produzir a energia necessária ao funcionamento de toda a estrutura.

A reconstrução do Colosso de Rodes levaria três a quatro anos. O custo de execução do projeto, como dá para imaginar, não é barato. Foi estimado entre 240 a 260 milhões de euros. Para suportar o orçamento, a equipa pensou num sistema de ‘crowdfunding’. Os participantes teriam o seu nome inscrito para sempre no monumento.

E, claro, o novo Colosso de Rodes seria uma construção antissísmica para evitar a repetição da história. Vê em seguida um vídeo sobre o projeto e lê este artigo com 10 curiosidades sobre o monumento original.

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