A Suécia quer deixar os combustíveis fósseis até 2030
Empresas como a H&M ou o Ikea já estão a estudar novos modelos de negócio apoiados na “Economia Circular”.
Na Suécia, a Ministra do Desenvolvimento Estratégico é conhecida como a “Ministra do Futuro“. Kristina Persson é uma mulher de horizontes largos que está sempre à frente.
Uma das suas metas está traçada para 2030 e é ambiciosa: Persson quer tornar a Suécia num dos primeiros países ‘fossil-free’ do mundo.
A “Ministra do Futuro” acha que é possível, a um país, diminuir a emissão de gases com efeito de estufa e, mesmo assim, crescer economicamente.
Esta questão – conhecida por “decoupling” – vai estar em destaque na COP21, a grande Conferência sobre as Alterações Climáticas das Nações Unidas que está prestes a arrancar em Paris.
Os números mostram que a Suécia está no bom caminho. Desde meados dos anos 90, foi um dos poucos países industrializados que conseguiu conciliar crescimento económico com uma redução significativa de emissão de C02. A Suécia reduziu as emissões em 22 por cento e regista um dos valores mais baixos de toda a União Europeia.
O caminho “vai ser difícil, mas necessário”, avisa a ministra num comunicado emitido pelo Instituto Sueco. A responsável aponta várias estratégias para aliviar a insustentável pressão sobre os recursos naturais do planeta.
Uma delas é a “Economia Circular“, o contrário do modelo linear de economia que tem sido seguido, em que se extraem e transformam as matérias-primas para produzir produtos que, depois de utilizados, são descartados como lixo.
Com a “economia circular” pretende-se que os materiais retornem ao ciclo produtivo através de processos de reutilização, recuperação e reciclagem. O governo sueco apoia as empresas a fazerem esta mudança de paradigma, desenvolvendo novos modelos de negócio.
Duas das empresas suecas que estão atentas às oportunidades que esta nova forma de encarar a economia oferece são bem conhecidas: o Ikea e a H&M.
Além de moralmente correta, esta opção, lembra o comunicado, oferece mais benefícios, além dos ambientais, como a criação de novos postos de trabalho, em áreas técnicas, mas também criativas, para se encontrarem soluções à altura deste enorme desafio.
Antes de um vídeo sobre esta meta, lembramos-te que a Suécia pertence a uma iniciativa internacional designada “The Nem Climate Economy“, que integra outros seis países: Colômbia, Etiópia, Indonésia, Noruega, Coreia do Sul e Reino Unido.