Na Europa, a energia renovável já lidera
É a primeira vez que os combustíveis fósseis são ultrapassados pela energia limpa.
A meta que a União Europeia estabeleceu recentemente para 2030 – reduzir as emissões de dióxido de carbono em 55% – ainda está longe de ser alcançada.
No entanto, a Europa parece estar no bom caminho. É isso que mostra um relatório realizado por um grupo de investigação interdisciplinar independente.
Em 2020, o continente europeu conseguiu um feito histórico: pela primeira vez as energias renováveis ficaram à frente dos combustíveis fósseis como fonte de eletricidade.
Portugal em 6º lugar
As energias limpas representaram 38% do consumo europeu no ano passado, o que significa um aumento de 3,4% face a 2019. Já os combustíveis fósseis representaram 37% da energia consumida pelos europeus. O que falta para os cem por cento corresponde a energia nuclear.
No conjunto dos países da União Europeia, Portugal não fica nada mal na fotografia: ocupa o sexto lugar na lista dos que mais fizeram por um maior consumo de energias limpas, estando bem acima da média da União Europeia.
De facto, as energias limpas já dominam o consumo de eletricidade em Portugal, tendo representando, em 2020, 59% do total. A energia hidroelétrica e a energia eólica ocupam a maior fatia, seguidas pela biomassa e pela energia solar fotovoltaica.
Por cá, os combustíveis fósseis representaram 38% do consumo elétrico (gás natural, sobretudo, mas também carvão). Os dados são da Rede Elétrica nacional.
Dinamarca no topo… isolada
Mas, voltando ao estudo europeu, a lista dos países mais verdes é liderada pela Dinamarca, que se destaca, com as energias renováveis a alcançarem mais de 60% do consumo total de energia no país. O segundo lugar pertence à Irlanda que se fica, no entanto, pelos 35%.
A diminuição do uso de combustíveis fósseis como o petróleo, o gás natural e o carvão, é uma grande ajuda para o meio ambiente e uma importante arma na luta contra as alterações climáticas.
A meta mais ambiciosa que Portugal e a UE assumiram neste sentido é a de chegar a 2050 com neutralidade climática.