Concordas com o atual sistema de entrada no Ensino Superior?
A maioria não concorda, mas as razões apontadas são diversas.
Ana Ribeiro, 17 anos – Em parte estou, em parte não. Por um lado, entra-se com a nota que se tem e supostamente corresponde ao nosso nível de saber. Mas às vezes as pessoas podem ser melhores do que outros e, se calhar, num determinado curso iam ser melhores até do que outros que entraram com médias melhores.”
André Oliveira, 16 anos; Ivo Folha, 15 anos; Pedro Silva, 15 anos; Rafael Moura, 16 anos e Tomás Martins, 15 anos – “Não concordamos porque estamos num curso profissional e a nossa matemática é muito simples. Por isso, por não termos uma formação em matemática tão boa, não estamos preparados para fazer a específica de matemática para entrar na universidade. Temos duas hipóteses: ou fazemos o ano zero e perdemos tempo ou estudamos imenso e temos explicações. Achamos que, quem quisesse seguir para o ensino superior sendo estudante do ensino profissional, deveria ter explicações dadas pela escola. Senão, quem não tem possibilidades de pagar tem a sua entrada comprometida.”
Beatriz Ramirez, 16 anos – “Não concordo que as específicas valham metade da nossa entrada. Nós estamos a lutar pela nossa média durante três anos e depois um ou dois exames vale 50%.”
Beatriz Sousa, 16 anos – “Depende dos cursos. Há cursos que não podia ser de maneira diferente. Já os mais práticos, como Desporto e Artes, deveriam ter também uma prova específica nas faculdades.”
Bruno Gonçalves, 17 anos – “Concordo.”
Gonçalo Freitas, 17 anos – “Não concordo. Devia haver provas específicas nas próprias faculdades, dependendo do curso. Por exemplo, eu quero ir para Desporto e não faz sentido depender maioritariamente das notas.”
Gonçalo Santos, 16 anos – “Acho que as médias são um bocado elevadas e é complicado chegar lá. Podiam criar outras formas de avaliação.”
Inês Sousa, 17 anos – “Não concordo que a seleção seja feita só pelas médias. Devia haver outro método qualquer, porque não acho que se deva avaliar a inteligência de uma pessoa só pelas notas.”
João Alves, 17 anos – “Acho que as médias de ingresso em alguns casos são demasiado altas. Há pessoas que gostariam de seguir esses cursos e assim não podem. Talvez devessem ter mais vagas.”
Marcos Costa, 11º ano – “Penso que o problema está no ensino secundário porque, pelo menos no meu caso, ao entrar no secundário, não me deram muitas opções de escolha e informação. Deveria haver forma de ajudar os alunos a compreender o que querem seguir. Eu, por exemplo, acho que estou na área errada.”
Nuno, 16 anos – “Acho que está bem como está.”
Ricardo Guedes, 11º ano – “Não concordo muito. Os alunos são escolhidos a partir das notas, mas muitas vezes os alunos têm outras qualidades e acabam por não ser escolhidos. Posso ser bom a matemática e não ser a físico-química e isso vai-me restringir para chegar a certos cursos.”
Ricardo Maia, 10º ano – “Acho que está bem como está. As pessoas que querem ir para um curso com notas elevadas têm de esforçar-se.”
Tiago Vieira, 16 anos – “Acho que devíamos poder escolher as disciplinas que queremos no Secundário e não uma área. Assim teríamos um maior leque de escolha.”
Tomás, 16 anos – “Está bem assim.”
Vasco Santos, 16 anos – “Só preciso de português ou de história para entrar, quero Direito, e por isso para mim está bem como está.”