Hyperloop: a viagem vai começar
O transporte público terrestre a mais de 1000 quilómetros por hora está cada vez mais perto da realidade.
O Hyperloop fica algures entre o comboio e o avião. Na forma assemelha-se ao primeiro, na velocidade está mais perto do segundo.
A invenção do multimilionário Elon Musk (sim, o nome deve soar familiar, está ligado à Tesla Motors, ao SpaceX e ao Paypal) tem, no entanto, caraterísticas que a tornam difícil de enquadrar nos meios-de-transporte que hoje conhecemos.
No Hyperloop, que Musk apresentou pela primeira vez ao mundo em 2013, os viajantes entram numa espécie de cápsulas dentro de tubos de ar comprimido, e circulam a uma velocidade que quase duplica a média dos aviões comerciais, podendo atingir uns alucinantes 1220 quilómetros por hora (a velocidade do som no ar é de cerca de 1234 Km/h).
Depois de, no final de fevereiro, ter sido anunciada a construção de uma pista de cerca de oito quilómetros na Califórnia para testar o Hyperloop, sabe-se agora que a empresa que está a trabalhar no projeto, a Hyperloop Technologies Inc, se instalou numa zona de Los Angeles, no mesmo estado norte-americano, e está a contratar mais pessoas para a equipa.
Para quem achava que o Hyperloop pertencia ao mundo da ficção ou estava reservado a um futuro bem distante, as notícias mostram que viajar neste novo transporte pode estar mais perto do que se pensava.
O Hyperloop deverá começar por ligar as cidades de São Francisco e Los Angeles em 35 minutos, menos do que de avião (cerca de uma hora) e muito menos do que de carro (cinco horas e meia).
O projeto prevê que os tubos, sustentados por pilares que os elevam alguns metros acima do solo, sejam revestidos por painéis solares, capazes de gerar uma boa parte da energia necessária ao transporte e minimizando o uso de combustíveis fósseis.
A imagem acima deixa entender, em parte, o funcionamento do Hyperloop. Cada cápsula será equipada com um compressor de ar na parte da frente, capaz de transferir a alta pressão do ar da ponta para a parte traseira da cápsula.
Ainda é cedo para se saber em que ano se poderá experimentar este novo transporte e qual o preço de uma viagem, mas Musk acredita que o bilhete será acessível.