Os japoneses não são assim tão sérios

O fotógrafo Yuki Aoyama pediu aos executivos do seu país para posarem a saltar ao lado das filhas.

Os nipónicos têm fama de ser muito empenhados profissionalmente, extremamente disciplinados e concentrados naquilo que fazem.

São vistos como pessoas pouco divertidas, sem imaginação. Enfim, como um povo que vive para trabalhar e se realiza entre as quatro paredes dos seus pequenos escritórios.

As estatísticas reforçam o estereótipo.

Em 2013, os japoneses só gozaram 48,8 por cento dos 18,5 dias de férias que o governo lhes dá.

De tal modo que, no início deste ano, o governo japonês anunciou que iria obrigar os trabalhadores do país a tirar pelo menos 70 por cento das férias a que têm direito.

Há um nome para designar a imagem característica do japonês bem sucedido – “salaryman”, o homem (e no Japão são muitos!) que veste fato escuro sobre camisa engomada, põe gravata e anda sempre com sapato bem engraxado.

Descontente com a visão que os estrangeiros têm sobre os seus compatriotas, o fotógrafo de 36 anos Yuki Aoyama realizou uma série de fotografias que nos mostra os japponeses como nunca os imaginamos.

A saltar, desinibidos, despreocupados, alinhando na ideia maluca do jovem fotógrafo, que os quis retratar aos pulos numa esperança de mudar a imagem dos japoneses no mundo.

À Quartz o fotógrafo disse querer revelar a “personalidade escondida” e “original” que garante que os salaryman têm. As imagens andam a circular nas redes sociais. Será que têm poder para mudar um estereótipo?

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