7 minutos e 32 segundos na Antártida
Um vídeo de Kalle Ljung mostra a beleza gelada do maior deserto do mundo, entre a terra e o céu.
Na semana passada, um estudo publicado na revista científica Nature Communications revelou ao mundo a existência de extensas redes subterrâneas de água salgada na Antártida, onde pode existir vida microbiana até agora desconhecida.
A investigação, conduzida por especialistas da Universidade do Tennessee (Estados Unidos), veio dar um novo olhar sobre esta zona do globo.
Os dados recolhidos podem alargar os conhecimentos sobre a adaptação biológica de ecosistemas capazes de sobreviver a condições climatéricas extremas. A investigação poderá, até, ajudar a perceber se há vida em outros pontos do sistema solar com caraterísticas semelhantes à área estudada, como o subsolo de Marte.
Depois da visão dos cientistas sobre as profundezas da Antártida, é agora a vez de um cineasta sueco, Kalle Ljung, nos oferecer um olhar artístico não das profundezas, mas da superfície deste pedaço de natureza em estado puro.
Ljung viajou 16 dias por entre os glaciares, em dezembro e janeiro passados, numa viagem que começou em Ushuaia, na Argentina.
Na companhia do seu pai, captou imagens poéticas de águas serenas e límpidas, onde mergulham baleias e se erguem esculturas de um branco puro. Graças a um sistema de cinematografia e videografia aérea, as imagens do seu ângulo visual são alternadas com perspetivas do alto, numa visão paradisíaca.