Imagina que és um refugiado. O que levarias contigo?

“E se fosse eu? Fazer a mochila e partir” vai pôr os jovens na situação de quem foge da guerra na Síria.

O objetivo resume-se a três palavras: promover a empatia.

E a empatia é algo simples: é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, de tentar perceber o que o outro sente, de o compreendermos, para melhor o podermos ajudar.

O desafio lançado pela Plataforma dos Refugiados designa-se “E se fosse eu? Fazer a mochila e partir” e vai colocar os alunos de todos os estabelecimentos de ensino do país (que queiram aderir) na posição de um refugiado sírio, alguém que a guerra obrigou a deixar o seu país e a partir em busca de apoio humanitário, longe de casa.

No dia 6 de abril, no primeiro tempo da manhã, as escolas são convidadas a trabalhar a questão dos refugiados. Nesse dia, os alunos serão incentivados a levar uma mochila e a colocar dentro dela os objetos que levariam com eles “caso tivessem que deixar tudo e partir”.

Com o apoio da Direção-Geral de Educação (DGE), do Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), a atividade é inspirada num projeto intitulado ‘What’s In My Bag?’.

Na Grécia, na ilha de Lesbos, o International Rescue Comitee e o fotógrafo Tyler Jump, pediram a refugiados com diferentes perfis (uma mãe, uma criança, um adolescente, uma família, um farmacêutico e um artista) que se deixassem fotografar com o que levavam nas suas mochilas.

Nessa aula especial, sobre a crise dos refugiados, os alunos começarão por ver um vídeo sobre este projeto (podes vê-lo também no final deste artigo). Em seguida deverão comentar as opções que tomaram quando fizeram a sua mochila e, ainda, pensar numa forma de acolhimento a refugiados.

Afinal, um dos objetivos é sensibilizar os jovens para o acolhimento de refugiados em Portugal.

Se quiseres saber mais sobre a iniciativa, tens um site à disposição, “E se fosse eu?”, com materiais para explorar esta questão e explicações sobre como a tua escola pode aderir à iniciativa.

Convidamos-te, também, a ler alguns artigos que já dedicámos à crise dos refugiados aqui no Jornalíssimo:

Como começou a guerra na Síria?

Como é a vida num campo de refugiados?

Entrevista: “Quero ajudar os refugiados a contar a história que estão a viver”

Guia para entender a crise dos refugiados

Jornalismo Imersivo: quando a tecnologia digital nos põe no local da notícia

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