Imaginas-te a estudar três meses noutro país europeu?
Se sim, apressa-te porque o prazo para submissão de candidaturas está quase a terminar.
A Intercultura AFS-Portugal tem uma longa experiência em intercâmbios juvenis. Todos os anos, graças aos seus programas, dezenas de estudantes portugueses têm a possibilidade de estudar por alguns meses, ou mesmo durante todo um ano letivo, num país estrangeiro (a rede AFS está presente em 56 países).
Neste momento, estão abertas as candidaturas para intercâmbios trimestrais num dos seguintes países europeus: Áustria, Bélgica (Flandres e Bélgica francófona), Bósnia e Herzegovina, Dinamarca, Eslováquia, Hungria, Itália, República Checa e Rússia.
Dependendo do país, o programa trimestral tem um custo entre os 3120 e os 3450 euros.
Para te candidatares precisas de ser estudante do Ensino Secundário, ter bom aproveitamento escolar, ser saudável e, sobretudo, ter muita vontade de conhecer novas pessoas e uma nova cultura.
Pelos relatos dos participantes no site da AFS, dá para ver que a experiência é única e muito positiva, mas apresenta algumas dificuldades.
“Ao início é tudo um desafio: a língua, o primeiro dia de aulas, apanhar o autocarro sozinha, tentar perceber os hábitos e rotinas da nossa nova família”, conta Carolina Manso, chegada em dezembro de um intercâmbio trimestral em Florença (Itália).
Também Carlota Rosete (nas fotos), que deixou Leiria para viver três meses na República Checa admite que “ao início foi um bocado estranho”.
Como todos os participantes, Carolina e Carlota ficaram em casa de famílias que as receberam voluntariamente, frequentaram as escolas secundárias locais, estudaram pelos manuais do país em que estavam.
Carolina não hesita em dizer: “em três meses aprendi e cresci mais do que em 17 anos (…), ganhei uma perspetiva e uma forma de ver o mundo completamente diferente da que tinha antes”.
Carlota ainda está a viver a experiência. Conta que o sistema de ensino checo é diferente do português: “aqui aos 15 anos todos os jovens aprendem danças clássicas”. Na escola, “mal chego tiro os sapatos e calço as minhas pantufas”, partilha.
É preciso salvaguardar que nem todos os candidatos são selecionados. Carolina e Carlota, tal como todos os estudantes AFS, passaram por um processo de seleção.
Bárbara Wahnon, coordenadora de recrutamento, seleção e preparação para envio de estudantes na AFS explica o perfil desejado: “É importante que os candidatos sejam pessoas com mente aberta, tolerantes, que tenham motivação e proatividade, que consigam estabelecer empatia com os outros”.
Todos são, por isso, postos à prova num campo que tem a duração de dois dias: “Através de atividades não-formais tentamos ver como reagem a posturas e argumentos diferentes dos seus”, prossegue Bárbara.
No fundo, esta é uma experiência que valoriza a diferença, ao possibilitar o contacto com diferentes culturas, diferentes formas de ensino, de vida, de alimentação, de comunicação.
Quem participar nestes intercâmbios (que deverão começar em agosto ou setembro de 2017, consoante o país de destino) irá, no final do programa, passar cinco dias em Bruxelas, com mais 260 estudantes de toda a Europa.
Será mais um momento de partilha em que os jovens terão a oportunidade de refletir sobre a experiência intercultural vivida e como ela os pode capacitar para assumirem uma cidadania ativa na Europa e nas comunidades em que vivem. Para saberes mais sobre esta fase, que tem garantida uma visita ao Parlamento Europeu, consulta o site do ‘European Citizenship Trimester Programme’.
No site da AFS encontras toda a informação necessária para formalizares a tua candidatura e os testemunhos de muitos ex-participantes.
Atenção porque o prazo termina já no final desta semana, a 27 de janeiro. Embora seja provável que venha a abrir mais uma fase de candidaturas, entre os dias 10 e 27 de fevereiro.
Vê como foi a experiência de Afonso Tuna na Holanda e o ano da família Araújo, que recebeu já mais do que uma estudante estrangeira em casa.