Os Pilares da Criação como nunca os vimos 

Uma imagem 3D, com um grau de detalhe muito maior, dá novas pistas sobre este ícone do Universo.

Os Pilares da Criação foram fotografados pela primeira vez há vinte anos, pelo Telescópio Espacial Hubble.

A sua beleza não fascinou apenas os astrónomos, mas o público em geral, que ficou a conhecer bem as estruturas em forma de coluna, que são uma autêntica maternidade de estrelas.

Situados a 7000 anos-luz de distância de nós, na chamada “Nebulosa da Águia”, os Pilares da Criação são o melhor exemplo dessas estruturas que se desenvolvem em enormes nuvens de gás e poeira, onde nascem novos astros.

Estas colunas formam-se quando enormes estrelas acabadas de nascer emitem uma grande quantidade de radiação ultravioleta e os “ventos estelares” arrastam para longe a matéria menos densa da nuvem que as gerou.

As imagens em três dimensões foram obtidas recentemente por um instrumento designado por MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer), instalado no Observatório Europeu do Sul (ESO), que fica no Chile.

Graças a estas novas imagens, os cientistas ficaram a conhecer melhor os Pilares da Criação. Conseguiram, por exemplo, ver que a coluna do lado esquerdo aponta para nós e descobrir um jato de gás lançado por uma estrela jovem.

O tal MUSE permitiu, ainda, medir a taxa de evaporação dos Pilares da Criação de forma mais precisa. Os novos dados levaram os investigadores a dizer que eles poderiam ter sido chamados, também, de “Pilares da Destruição”.

Ao perderem 70 vezes a massa do Sol a cada milhão de anos, e sabendo que a sua massa atual corresponde a cerca de 200 vezes a massa solar, espera-se que estes Pilares durem mais uns três milhões de anos.

Parece-te muito? Os astrónomos acham que não: “é um piscar de olhos no tempo cósmico”, elucidam.

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