É sexta-feira 13. Estás com medo?
Prepara-te! 2015 tem três dias de azar. Descobre a origem da superstição e como até hospitais e empresas podem ser supersticiosos.
Num ano, pode haver entre uma a três sextas 13. 2015 faz o pleno: tem uma em fevereiro, março e novembro. Só em 2026 voltará a haver um ano com três sextas assim.
Para muitos, o número 13 sozinho já assusta. Quando se junta a uma sexta-feira, então, há quem prefira nem sair de casa.
Onde é que começou a paranóia do 13, que tem até direito a um nome esquisito? O medo irracional do número é considerado uma doença e tem a designação de triscaidecafobia. Em grego, treze escreve-se “triscaideca” e “phobos”, já se sabe, é medo.
Uma das explicações mais consensuais sobre a má sorte associada ao número relaciona-se com a Última Ceia: eram treze à mesa e Jesus Cristo foi crucificado. Daí que muita gente se recuse a sentar numa mesa onde estejam mais doze pessoas.
A ligação da sexta 13 com azar também tem a ver com este episódio bíblico, já que a crucificação ocorreu numa sexta-feira.
Outra justificação leva-nos até à mitologia nórdica. Conta-se que um Deus, Loki, foi sem ser convidado a uma festa de outros 12 Deuses e provocou a morte de Baldur, o mais querido de todos.
FAZER DO AZAR SORTE
Na Universidade de Delaware, em Inglaterra, Thomas Fernsler, professor de psicologia e mágico, tem estudado a fundo as superstições. Ele defende que 95% das pessoas têm, pelo menos, uma superstição. Os que não têm, diz ele, “mentem”.
É curioso que, apesar de não terem nenhum fundamento lógico, e pertencerem ao campo do irracional, as superstições continuem a estar tão presentes na vida das pessoas.
Há várias organizações a levarem-nas em conta: prédios que não têm o 13º andar, onde o elevador salta diretamente do 12º para o 14º, hospitais que não têm camas nem quartos com o número 13, cidades que não dão o 13 ao número das portas.
Também há quem tenha espantado o medo e feito da sexta, 13, um dia de sorte. Montalegre recebe centenas de pessoas que, todas as sextas 13, enfrentam a superstição com uma grande festa. Os restaurantes têm escadas para passar por baixo, guarda-chuvas abertos, talheres cruzados.
Os corajosos mascaram-se e à meia-noite bebem a Queimada para espantar os maus espíritos, com o castelo por cenário. Para a vila transmontana, três sextas 13 num ano é sinónimo de muita sorte.