Papel ou digital: a maioria prefere ler em?

Suspense. Vê os vídeos e as respostas por escrito à última pergunta.

Vivemos na era digital e, por isso, a maioria prefere ler no ecrã do telemóvel, do computador e do ‘tablet’,certo?! Não, necessariamente. Se somarmos a opinião de todos aqueles que responderam à pergunta da última semana do Jornalíssimo, percebemos que o papel está longe de passar à história. A maioria, se puder escolher, prefere-o relativamente ao suporte digital. Claro, que a leitura digital também tem os seus apologistas, mas, segundo esta amostra, não é favorito. Conhece os fundamentos de uns e de outros e não te esqueças de ler, também, as opiniões que surgem a seguir ao vídeo.

Bárbara, 11 anos: “Prefiro o papel, sinto a leitura mais próxima.”

Tiago, 15 anos: “Digital, claro, e um dia os manuais também serão digitais.”

Laura, 20 anos: “Prefiro o suporte digital, para não ter o trabalho de tirar fotocópias. Além disso, como estudo na cama, dá.me mais jeito o digital.”

Sandra Campos, 20 anos: “Prefiro ler em papel, porque além de ser mais prático, permite-me ler em qualquer parte, seja no quarto ou nos transportes. O suporte digital cansa-me mais a vista e obriga-me a estar à secretária, em frente ao computador e isso faz com que me distraia mais. E mesmo notícias prefiro ler em papel, apesar de quase só as ler no digital, quando aparecem no Facebook, ou quando há um assunto que me interessa e vou fazer uma pesquisa.”

Catarina Novais, 11º ano: “Adoro ler. Adoro ler mas só em papel. Para mim, um livro digital perde quase todo o seu encanto. Claro que a história permanece exatamente igual, no entanto, a experiência para o leitor não é a mesma. Com o formato físico é-nos permitido sentir o cheiro das paginas, ouvi o seu ruído quando se muda para a seguinte, sentir o papel, sublinhar, entre muitíssimas outras coisas.
Claro que admito que as versões digitais cada vez mais têm aspetos favoráveis: não ocupam tanto espaço, por vezes são mais económicas, e alguns mais benefícios hão-de ter.
Sei que sou suspeita, mas, ainda assim, acho que não há nada melhor que um livro que, com o passar dos anos, connosco envelhece.
Sim, para mim a sensação de folhear é única e insubstituível.
Espero que o formato físico não se perca, tal como muitos outras coisas que com a “evolução dos tempos” se perderam.
É desnecessário tentar substituir algo que é tão perfeito.”

Rute Bessa, 11º ano: “Formato digital ou papel? Papel, sem dúvida alguma. Sou suspeita, é certo porque sou um pouco ‘old school’ e porque sempre tive uma paixão pelo papel mas este formato é o melhor, o que mais me dá prazer em ler. Gosto de sentir o toque enquanto folheio um livro e não o polegar no telemóvel a fazer ‘scroll’ página a página. Porém, é certo que o digital também tem as suas vantagens. Mais leve, mais acessível e mais barato. É certo que por vezes opto por esta funcionalidade devido a estas vantagens mas nada substituí o  “velhinho” papel. Tenho pena que o formato papel vá desaparecendo aos poucos. É triste, mas é a realidade. Devíamos incutir às futuras gerações o gosto pelo papel, o gosto em ler porque, senão, uma das coisas mais preciosas deste mundo vai desaparecer, na minha opinião, tristemente e estupidamente.”

Bernardo Lourenço, 11º ano: Numa era onde a onda do progresso emerge em todas as costas, mais cedo ou mais tarde também a Literatura seria banhada por ela. Creio que, no entanto, esta deveria ter tido certas precauções ao ir ao mar.
Como ferveroso apoiante da leitura, creio que o meio pela qual se realiza é importante para uma maior ou menor obtenção de prazer a partir desta. É totalmente diferente folhear um livro, sentindo as suas páginas e o seu típico cheiro, que varia de livro para livro, e navegar pelas páginas de um mesmo livro online. Além do mais, enquanto que a versão física nos dá a noção visual do tamanho do livro, a versão digital só nos providencia essa informação quando temos acesso ao tamanho do ficheiro; e quando, ocasionalmente, queremos avançar no enredo e o tablet ou telemóvel onde lemos se torna excessivamente lento devido à extensa biblioteca digital.
É de referir que uma coleção de livros é muito mais atrativa do que uma coleção de livros digitais. O impacto é abismal, quando entramos na casa de um indivíduo e vemos que este tem uma sala só com livros e destinada somente à leitura e quando entramos na casa de um indivíduo que tem essa mesma biblioteca num pequeno e poderoso dispositivo móvel.
Um livro, é um livro e é algo único. Por mais inovações que sejam feitas no ramo da literatura, uma obra como, como por exemplo, Confissões de Santo Agostinho, uma obra com mais de 1500 anos, jamais conseguirá ter o mesmo impacto em formato digital. O peso da história é sentido de maneiras totalmente distintas em ambas as versões. 
Assim sendo, afirmo-me como um apoiante e defensor da leitura em formato físico. É claro que a versão digital tem os seus prós, no entanto se puder ler um livro, deixo de lado as novas tecnologias.”

Sílvia Oliveira, 29 anos: “Prefiro o digital. Acho que memorizo melhor porque tenho uma boa memória visual. Se estiver com folhas ou livros, ponho-me a ver o telemóvel e o computador. Mas para ler revistas prefiro o papel.”

Deixa o teu comentário.

O teu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *