Harbin: um festival abaixo de zero
Em janeiro, os termómetros superam os 30 graus negativos, a temperatura certa para o Festival de Esculturas de gelo e neve, na China.
Em chinês é assim que se escreve Festival de Esculturas de Gelo e Neve de Harbin. Tens dúvidas? Coloca estes caracteres no Google, clica em “imagens” e logo vês dezenas de fotografias de um dos maiores festivais do género em todo o mundo.
Harbin é uma cidade no nordeste da China, a capital da província de Heilongjiang, onde sopram os cortantes ventos siberianos.
Em 1963, fundou este festival e, desde então, já o repetiu 31 vezes. Amanhã, 5 de janeiro, começa a 32ª edição, que se realiza anualmente desde 1985.
O Festival é uma verdadeira cidade de gelo, com mais de duas mil esculturas numa área que supera os 500 metros quadrados.
Tal como o Icehotel, no norte da Suécia, as construções deste festival são esculpidas com blocos extraídos de um rio vizinho, o rio Songhua neste caso.
Os artistas (que primeiro eram só chineses e agora são, cada vez mais, internacionais), contam com o frio para conservar as esculturas que fazem. Algumas têm dezenas de metros de altura. Aliás, a maior escultura de gelo do mundo, segundo o livro do Guinness, foi feita aqui.
A edição deste ano tem um tema digno de conto de fadas: “Pérola na Coroa de Gelo e Neve“.
Tal como acontece todos os anos, espera-se que, de 5 de janeiro a 5 de fevereiro, milhares de pessoas de todo o mundo se desloquem a Harbin, onde o gelo é o motor fundamental da economia.
Há pacotes especiais para visitar todas as atrações e os mais valentes optam mesmo por passar a noite num dos hotéis de gelo do interior do recinto.
Pernoitar em Harbin é importante. As esculturas estão equipadas com LEDs, controlados a partir de computadores. À noite, é obrigatório ver a cidade do gelo com o colorido mágico das iluminações. É aí que o trabalho realizado ao longo de meses por mais de dez mil homens ganha realmente vida.
Vê como foi no ano passado.