A Covid-19 melhorou a qualidade do ar em Portugal e na Europa
Uma ferramenta online da Agência Europeia do Ambiente permite observar o impacto.
A Covid-19 provocou uma longa lista de danos nas nossas vidas, mas houve, pelo menos, um efeito positivo deste surto epidémico à escala global: a poluição atmosférica caiu a pique em vários países do mundo, entre os quais Portugal.
Não é preciso ser especialista para entender os dados disponibilizados pela Agência Europeia do Ambiente que, no seu site, disponibiliza um “visualizador da qualidade do ar“, que dá a possibilidade de contrastar os valores deste ano com os do ano passado, em todos os países da Europa.
Para Portugal, como podes ver na imagem acima, são fornecidos dados sobre a concentração de dióxido de azoto (NO2) em 12 cidades: Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Lisboa, Paredes, Porto, Setúbal e Vila Franca de Xira.
O dióxido de azoto é um gás poluente responsável por problemas respiratórios, que é produzido sobretudo pelo tráfego automóvel e pela atividade industrial. Em consequência das medidas de isolamento social que levaram a uma diminuição drástica da circulação rodoviária, marítima e aérea e a um abrandamento da atividade industrial, a descida da poluição atmosférica chega a ser de 50% em várias cidades da Europa nas últimas semanas. Em Lisboa, essa redução é na ordem dos 40%.
Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, a poluição do ar é responsável por cerca de seis mil mortes por ano no nosso país, agrava problemas respiratórios e cardiovasculares, além de que “contribui para elevados custos de saúde com grupos vulneráveis como crianças, asmáticos e idosos.”