Na Índia, a qualidade de vida das vacas é assunto sério

Tem direito a conferência própria, com presença de ministros e tudo.

A maioria da população indiana é hindu e, segundo o Hinduísmo, as vacas são um animal sagrado, associado a várias divindades, como Krishna.

Além disso, a vaca é vista como um animal puro, símbolo de fertilidade, por dar leite e este ser uma das bases da alimentação indiana.

Para os hindus é, assim, inconcebível matar uma vaca para comer a sua carne. A veneração do animal é levada de tal forma a sério que a urina e as fezes bovinas são utilizadas em rituais de purificação hindus.

Este mês, o governo do Primeiro-Ministro Narendra Modi realizou a primeira Conferência sobre ‘Gaushalas’, uma espécie de santuários para vacas que existem em todo o país, onde elas são tratadas de acordo com o elevado estatuto de que gozam.

Modi não esteve presente, mas destacou dois ministros para a Conferência. Durante um dia inteiro, discutiram-se temas como a preocupação de oferecer um melhor tratamento às vacas em geral e às que deixam de dar leite, em particular ou a forma de melhorar a sua proteção face a acidentes e contrabandistas (que roubam vacas das ruas, onde circulam em liberdade, e as levam para matadouros ilegais com vista ao tráfico de carne e couro).

Os conferencistas debruçaram-se, também, sobre como aumentar a produtividade das vacas indianas. Como atrás referimos, o leite é um elemento essencial na alimentação dos hindus e uma importante forma de ocupação da população (cerca de 60 milhões de indianos trabalham com gado bovino).

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