Se vires luzes néon no fundo do mar, pode ser uma tartaruga

Até ao final de setembro, não havia registo de répteis biofluorescentes. A descoberta foi feita no Pacífico Sul.

Comecemos por esclarecer a diferença entre bioluminescência e biofluorescência, porque convém não confundir.

Bioluminescência é a capacidade que alguns animais possuem para produzi a sua própria luz, através de reações químicas ou da presença de determinadas bactérias.

Já a biofluorescência consiste na habilidade que algumas criaturas possuem para absorver a luz, transformá-la e depois emiti-la com cores diferentes das originais.

A tartaruga marinha que surpreendeu cientistas da Universidade de Nova Iorque enquanto gravavam um documentário nas Ilhas Salomão é biofluorescente e apanhou de surpresa o biólogo David Gruber e os seus colegas de equipa.

Estavam a documentar em vídeo organismos biofluorescentes, precisamente porque conheciam peixes, tubarões e pequenos crustáceos com esta habilidade. Mas de répteis não tinham conhecimento e contaram, até, que quando esta tartaruga lhes apareceu à frente, exibindo uma combinação de néons verdes e vermelhos, pensaram num ovni.

O momento ficou registado no vídeo que podes ver abaixo. E deixou os especialistas com vontade de estudar melhor este animal, conhecido como tartaruga-de-pente ou tartaruga-legítima.

Imaginam que, para ela, a bioluminescência possa ser um mecanismo de defesa, uma forma de atrair presas ou um modo de comunicar, mas interrogam-se sobre as causas – será a bioluminescência provocada por determinados componentes químicos presentes na sua dieta? Ou será a própria tartaruga que tem a capacidade de produzir esses componentes de forma autónoma?

As respostas serão difíceis de obter, nomeadamente por este ser um animal em vias de extinção e restarem poucos exemplares.

Uma coisa os cientistas sabem: o mar fornece as condições ideais para que este tipo de fenómeno se verifique: “O oceano absorve quase todas as cores exceto o azul, o que leva estes animais a criar formas de o transformar noutras cores”, sobretudo verde, vermelho e laranja, explicou Gruber.

Chega de conversa, delicia-te com as imagens:

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