Em Nova Iorque é proibido ter furões como animais domésticos
Ainda não é desta que os nova-iorquinos vão poder ter furões em casa. A questão foi debatida, mas mantém-se a proibição.
É tudo uma questão de raiva. Por um lado, o medo da raiva, a doença infeciosa que afeta os mamíferos e levou a que, em 1999, o então presidente de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, proibisse os furões como animais de estimação.
O receio é que estes bichos, primos das doninhas, escapem das casas e se reproduzam em massa, o que seria um problema no caso de contraírem o vírus da raiva.
Por outro lado, há a raiva de quem quer ter os bichos e não pode por causa da lei, ou de quem decide tê-los correndo o risco de ser apanhado e obrigado a entregar os seus animais.
Foi isso que aconteceu com a atriz e modelo Paris Hilton, que tinha dois furões como animais de estimação – o Dolce e o Gabbana – e se viu forçada a entregá-los às autoridades californianas depois de ter falado sobre eles numa entrevista. Nos estados de Califórnia e Washington DC, eles também estão proibidos.
A Autoridade de Saúde de Nova Iorque voltou a discutir o tema este mês e havia grandes expectativas de que a proibição terminasse, mas os votos a favor não foram suficientes e, na cidade, os furões vão continuar a ser vistos como animais selvagens.
INTELIGENTES E BRINCALHÕES
Os amantes destes pequenos bichos garantem que eles são parecidos a cães e gatos na relação que estabelecem com os donos e lamentam que sejam proibidos em Nova Iorque, sendo eles considerados animais ideais para viverem em apartamentos.
Os furões têm fama de ser animais inteligentes e sociáveis, que necessitam muita atenção. Passar a vida fechados numa jaula pequena não é para eles. Tal como um gato ou um cão, são carnívoros, respondem pelo nome, brincam e até aprendem a andar de trela. Também são conhecidos por certas habilidades – por vezes inconvenientes – como abrir portas.
Quem acha que eles são parentes dos ratos, está bem enganado. A família deles dá pelo nome de Mustelídeos, e integra nomes sonantes como os visons, as lontras ou as martas.