Kobane: porquê mais ataques?
No final de janeiro, os curdos mostraram que derrotar o Estado Islâmico era possível.
Kobane, a cidade do norte da Síria encostada à Turquia, ainda não se refez dos combates que duraram quase meio ano e já volta a ser vítima do Estado Islâmico (EI).
Nas últimas horas, mais de uma centena de habitantes de Kobane morreram. Os analistas julgam que este massacre é uma vingança dos extremistas do EI que, em janeiro passado, perderam a luta contra os habitantes desta cidade.
Após cinco meses de intensos confrontos, iniciados em setembro de 2014, Kobane tornou-se num símbolo da luta contra o Estado Islâmico.
Os habitantes da cidade – curdos, na sua maioria – enfrentaram com determinação e venceram os radicais. O YPG, uma das unidades de proteção do povo curdo, possuía menos meios militares do que o inimigo, mas conseguiu vencê-lo com o apoio de uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos.
A batalha de Kobane (assinalada em baixo no mapa) foi de extrema importância, uma vez que foi a primeira vez que o Estado Islâmico foi derrotado desde que começou a alargar o seu domínio à Síria.
Neste artigo, contamos-te quando e como começou a guerra síria.
QUEM SÃO OS CURDOS?
Em kobane estima-se que vivam 50 mil habitantes. A maioria deles pertence a um povo que luta há várias décadas por conseguir mais independência: os curdos. Estão muito presentes na Síria e no Iraque, mas também na Turquia, no Irão e na Arménia.
Ao todo, haverá 30 milhões de curdos espalhados por estes países, um número que faz da etnia curda a maior do mundo sem ter um Estado.