14 de março, Dia do Pi ou Pi Day

Um número como este, que apaixona matemáticos desde a Antiguidade, merecia um dia próprio. Comemora-o com a NASA.

Sim, o Dia do Pi (‘Pi Day’, em inglês) existe e celebra-se este ano pela 28ª vez. Nasceu por sugestão de um físico norte-americano, Larry Shaw, que trabalhava no Exploratorium, em São Francisco.

A data não foi escolhida ao acaso. Para entenderes a escolha tens de olhar para o dia de hoje da seguinte forma: primeiro o mês (3), depois o dia (14). O resultado é 3.14, ou seja, os três primeiros dígitos de Pi.

Para celebrar o dia, há quem faça tartes (‘Pi Pies’), vista t-shirts com o símbolo do número – π, participe em festas organizadas por instituições ligadas à matemática e à física.

Para quem nunca foi muito dado a números e não é capaz de perceber o fascínio que este número desperta, tudo isto pode soar muito estranho.

Mas o número Pi merece bem ser celebrado, pela sua aplicabilidade prática. A NASA é uma das entidades que se juntou às celebrações do número interminável que tem aplicação em áreas como a física, a engenharia ou a estatística.

A agência espacial norte-americana celebra o ‘Pi Day’ ajudando a perceber como o número é útil para as descobertas que leva a cabo.

Este é o terceiro ano em que, neste dia, lança o desafio Pi in the Sky. Com ele, convida-te a resolveres problemas reais servindo-te do número Pi, como se fosses um cientista ou engenheiro da NASA. As soluções são publicadas a 16 de março.

No site oficial do ‘Pi Day’ encontras outras ideias para assinalares a data.

Já o ‘Wolfram Alpha’ – de que te falámos neste artigo – ajuda-te a descobrires o teu ‘Pi Day’. Para tal, basta introduzires a data do teu aniversário nesta página.

Se estás a ler o artigo todo e a tentar recordar-te o que é o Pi, damos-te uma ajuda. Comecemos por uma pista: o símbolo do Pi (π) é uma letra do alfabeto grego que significava ‘perímetro’ ou ‘periferia’.

Fez-se luz? Pois é, o Pi tem fascinado matemáticos desde a Antiguidade. Encontra-se mencionado já em documentos do Antigo Egito, quando se descobriu que havia uma relação constante entre o diâmetro e a circunferência de um círculo.

Só no século XVII, no entanto, se decidiu representar com o símbolo (π) esse rácio entre o comprimento de uma circunferência e o seu diâmetro, que é constante e permite calcular o perímetro de uma circunferência conhecendo o raio. 

A escolha do símbolo é importante porque o número Pi é uma aproximação. Na escola aprendemos que Pi é igual a 3,14, mas trata-se de um arredondamento. Estamos a falar de um número irracional, que tem uma natureza infinita.

O fascínio do número também reside aí, nesse mistério de não ser possível saber qual é a última casa. 

O número apaixonou figuras históricas, como Arquimedes (que, com 3,2416,  foi quem mais se aproximou do número Pi que hoje conhecemos), e continua a ser um quebra-cabeças para muitos aficionados de matemática.

Há uma busca constante pelo conhecimento de cada vez mais dígitos de Pi, mesmo se a contagem das casas decimais já ultrapassa os milhões de dígitos. 

Se quiseres espreitar o Pi com 100 mil casas decimais, entra nesta página e prepara-te para fazer muito ‘scroll down’.

Só mais uma curiosidade: 3.14 foi a data de nascimento de Einstein, que veio ao mundo a 14 de março de 1879.

E mais uma ainda: até os Simpsons fazem piadas com o Pi. Ora vê:

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