Três dias para aproximar os cidadãos e realçar a dimensão europeia do património
Subordinadas ao tema “Artes Património e Lazer”, as Jornadas Europeias do Património decorrem este ano entre 27 e 29 de setembro.
Por Maria da Luz Sampaio*
As Jornadas Europeias do Património Cultural têm as suas origens em França no ano de 1985, quando o então ministro da cultura Jack Lang lançou as Journée portes ouvertes dans les monuments historiques. A iniciativa pretendia abrir as portas de espaços com valor histórico e patrimonial, criando assim a oportunidade do público visitar monumentos, palácios e outros edifícios históricos que eram abertos especialmente para a ocasião.
As Jornadas tiveram um grande impacto, o que levou o Conselho da Europa a oficializar em 1991 a iniciativa denominando-a de Jornadas Europeias do Património – JEP e rapidamente nos anos seguintes vários países europeus se associaram.
Atualmente, as JEP são uma iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia, envolvendo mais de 70 mil atividades, com o objetivo de sensibilizar o público para o património comum da Europa, e para a necessidade da sua contínua proteção.
Em Portugal, a DGPC- Direção Geral do Património Cultural (Ministério da Cultura) é a entidade que coordena a programação e divulgação das JEP a nível nacional, convidando as entidades públicas e privadas (autarquias, universidades, associações…) a associarem-se ao evento e promovendo a divulgação de todas as iniciativas neste âmbito. Os Museus e Monumentos nacionais sob tutela da DGPC associam-se às comemorações das JEP com propostas de atividades que decorrem ao longo dos dias com um carácter gratuito.
Anualmente, as JEP têm lugar na última semana de setembro e são subordinadas a um tema sendo organizadas visitas guiadas, percursos temáticos, mas também palestras, conferências ou workshops, comemorando-se assim o património e divulgando sítios históricos e as suas diferentes expressões. Este ano irão decorrer entre os dias 27 a 29 de setembro e o tema é Artes Património Lazer pretendendo-se destacar as múltiplas facetas do património ligadas às artes, como fonte de entretenimento, e ao lazer, que nos permite a todos viver outras dimensões da vida quotidiana, apropriando-nos de uma parte da cultura, tornando-nos autores, especialistas, guardiões e protagonistas na proteção do património.
Atualmente, este é o evento cultural mais celebrado e partilhado pelas pessoas que vivem na Europa contribuindo para aproximar os cidadãos e realçar a dimensão europeia e o valor do património cultural nos 50 Estados signatários da Convenção Cultural Europeia.
Para consultares todas as atividades que vão decorrer em Portugal clica aqui.
(*) Este artigo foi escrito no âmbito da parceria entre o Laboratório de História do Instituto de História Contemporânea (IHC), da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa – e o Jornalíssimo, com coordenação de Maria Fernanda Rollo, Luísa Metelo Seixas, Ricardo Castro e Susana Domingues.