Harbin: um festival (bem) abaixo de zero

Em janeiro, os termómetros superam os 30 graus negativos, a temperatura certa para o Festival de Esculturas em gelo, na China.

Em chinês é assim que se escreve Festival de Esculturas de Gelo e Neve de Harbin. Tens dúvidas? Coloca estes caracteres no Google, clica em “imagens” e logo vês dezenas de fotografias de um dos maiores festivais do género em todo o mundo.

Hardin é uma cidade no nordeste da China, onde sopram os cortantes ventos siberianos. Em 1963 fundou este festival e, desde então, já o repetiu 29 vezes. Ontem começou a 30ª edição, que se realiza anualmente desde 1985.

Os artistas (que primeiro eram só chineses e agora são, cada vez mais, internacionais), contam com o frio para conservar as esculturas que fazem. Algumas têm dezenas de metros de altura.

Este ano há, por exemplo, uma mini-muralha da China (que é, ainda assim, enorme), onde se pode passear e escorregar; o londrino Big Ben com as horas congeladas; a réplica de um comboio à escala real e respetivas carruagens; um piano gigante, entre dezenas de outras obras.

Todos os anos, de 5 de janeiro a 5 de fevereiro, milhares de pessoas de todo o mundo se deslocam a Hardin, onde o gelo é um motor fundamental da economia. Há pacotes especiais para visitar todas as atrações e os mais valentes optam mesmo por passar a noite num hotel de gelo.

Pernoitar em Harbin é importante. As esculturas estão equipadas com LEDs, controlados a partir de computadores. À noite, é obrigatório ver a cidade do gelo com o colorido mágico das iluminações. É aí que o trabalho realizado ao longo de meses por mais de dez mil homens ganha realmente vida.

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