Um museu para essa “substância fascinante” chamada cocó
Parece piada, mas o ‘The National Poo Museum’ acabou de abrir no Reino Unido.
Cocó, caca, fezes, excrementos e havia mais sinónimos que não nos atrevemos a escrever aqui. Enfim, tudo palavras que aprendemos a evitar, porque são malcheirosas, metem nojo, não rimam com boa educação.
É todo este tabu em torno de um acto que todos realizamos, com mais ou menos frequência, que o Museu Nacional do Cocó (tradução livre) se propõe contrariar.
A missão deste museu, recém-inaugurado (com uma fita de papel-higiénico, naturalmente) – é “levantar a tampa sobre o mundo secreto do cocó, para examinar o nosso relacionamento com ele e mudar para sempre a forma como olhamos para esta substância surpreendente”.
Como os fundadores frisam, “cocó não é só entretenimento, tem um lado sério”. E o Museu mostra-o também, a par com o lado divertido.
Para já, só uma parte do Museu abriu ao público e mostra excrementos liofilizados (ou seja, submetidos a um processo de desidratação para não serem alterados pela ação do tempo) de várias espécies e partes do mundo, como suricatas, raposas, vacas, corujas ou mesmo bebés humanos.
Entre as amostras expostas, há verdadeiras relíquias como fezes com milhões de anos. E cocós intrigantes, como um em forma de quadrado. És capaz de dizer a que animal pertence? (vê a resposta no final do artigo).
No futuro, o Museu terá áreas que falam da relação entre o cocó e a saúde e bem-estar; a energia verde conseguida através de excrementos; os intestinos; o sistema de esgotos, mostrando um percurso de que só vemos o início (quando puxamos o autoclismo) e a ciência escondida neste tipo de matéria orgânica.
Enquanto o resto do Museu não está visitável e não podes ir até lá fazer uma visita, vai aprendendo no blogue oficial do equipamento, aqui.
Sabias, por exemplo, que existe uma escala que ajuda os médicos a classificar a forma das fezes humanas? Ou que as fezes permitem aos arqueólogos aceder a informações preciosas sobre hábitos alimentares ou doenças, por exemplo?
Uma (com licença…) “diarreia” de conhecimento, portanto, que toca até a tecnologia, com um artigo sobre o “poop emoji”.
A resposta para a pergunta que atrás fizemos é: vomba ou vombate (‘wombat’ em inglês), uns mamíferos marsupiais naturais da Austrália.
Se quiseres ver um estudo científico realizado com fezes de surfistas espreita este artigo: o cocó dos surfistas pode ajudar a ciência.