10 Curiosidades sobre o Ramadão e o ritual do jejum
Para a comunidade muçulmana este é um mês de privações e de reflexão espiritual.
1) O Ramadão não tem data fixa e há um motivo para que assim seja: o Islão segue o calendário lunar (baseado nos ciclos da lua) e, logo, a data do seu início varia todos os anos – geralmente começa cerca de 12 dias antes, relativamente ao ano anterior;
2) Este ano (2016), o Ramadão, que é o nono mês do calendário islâmico, começa a 6 de junho e termina a 5 de julho;
3) Foi durante o Ramadão que o livro sagrado do Islamismo, o Alcorão, foi revelado ao profeta Maomé através do Arcanjo Gabriel, daí que este período se revista de um caráter simbólico;
4) Calcula-se que os muçulmanos constituam cerca de 22% da população mundial;
5) No entanto, Ramadão não significa jejum para todos os muçulmanos – crianças, idosos, mulheres grávidas e doentes não estão obrigados a praticar este ritual. Quem está doente deve alimentar um pobre durante todo o mês, já as mulheres grávidas devem adiar o jejum para depois da gestação e do período de aleitamento;
6) O jejum tem a duração do Ramadão. Neste mês, os muçulmanos não comem desde duas horas antes da alvorada até ao cair da noite (a refeição antes do sol nascer chama-se “Su-Hoor”, a da noite “Iftar”). A privação não é apenas de alimentos, mas também de álcool, tabaco, relações sexuais. O uso da televisão ou de redes sociais é igualmente restringido durante este período.
7) O objetivo é que os muçulmanos aproveitem o período de jejum para se centrarem na oração a Deus (Alá significa “O Deus” e é a única divindade – no Islão não há santos), nas boas ações, na reflexão espiritual, na família;
8) Durante o ano, os muçulmanos fazem cinco orações diárias. No Ramadão este número passa a seis. É introduzida uma oração extra, a “Tarawi”, com a duração aproximada de uma hora. Realiza-se por volta das 22 horas, quando os fiéis já puderam fazer uma refeição. Ao longo dos 30 dias que dura o Ramadão, na “Tarawi” é recitado todo o Alcorão;
9) O Islamismo assenta em cinco pilares e o Ramadão é um deles, o quarto. O primeiro e o segundo são, respetivamente, a fé e a oração. O terceiro pilar chama-se “Zakat” e diz respeito à purificação da riqueza (no final do ano, os muçulmanos devem dar 2,5% das poupanças que fizerem ao longo do ano). O pilar de que falta falar, o quinto, é a Peregrinação a Meca;
10) No final do Ramadão há uma festa, a “Idulfitr“. Reúne-se a família e os amigos, a mesa enche-se de iguarias várias, há troca de presentes. Este é, também, o momento de visitar pessoas próximas, de acudir aos pobres e de recordar os mortos.
Se quiseres saber como é a experiência de jejuar para um muçulmano durante o Ramadão, lê este artigo.