Menton, a vila das esculturas de “citron”
Na Costa Azul, quase encostada a Itália, Menton rima com “citron” (limão em francês) e faz dos citrinos uma festa.
Rivalizar com Cannes, Nice e Mónaco não é fácil. Mas é possível. Se Cannes tem o cinema, Nice o Carnaval e o Mónaco a Fórmula 1, Menton tem o limão, além das vistas para o Mediterrâneo e toda aquela beleza da Riviera francesa.
Todos os anos, mais de 150 mil visitantes se deslocam a Menton para assistir a uma espécie de Carnaval dos citrinos, que dá pelo nome de Fête du Citron (Festa do Limão).
Com 140 toneladas de citrinos, centenas de profissionais fazem arte a partir de laranjas e limões. Um a um, manualmente, os frutos são colocados em imensas estruturas de metal, com a ajuda de 800 mil elásticos laranja e amarelos.
Cada ano, a Festa tem um tema. Nesta 82ª edição, a China dá o mote às enormes esculturas. O dragão, por exemplo, demorou mais de três dias a ficar pronto a desfilar pelas ruas da vila. Tem 12 metros de altura e 18 de cumprimento.
Os desfiles repetem-se, de dia e de noite, durante as mais de duas semanas que dura o evento, que este ano termina a 3 de março. Além de desfiles há também uma exposição para visitar, em que algumas das esculturas ganham ainda mais espetacularidade graças a jogos de luzes.
As origens da festa remontam a 1929, quando a vila com muitos traços italianos era o principal produtor de limões em França.
Hoje os limões de Menton, de um amarelo vivo, mantêm um estatuto especial. O microclima que no inverno determina uma grande variação de temperatura de noite e de dia faz com que tenham um aroma único e um gosto açucarado, que os torna produto de eleição para muitos chefes franceses.