Uma “cidade perdida” foi encontrada nas Honduras
Soa a Indiana Jones, mas é daqueles filmes da vida real. A National Geographic noticiou a descoberta de uma misteriosa cidade milenar.
Tratando-se da América Central, pensamos de imediato numa cidade maia, com as suas construções, palácios e templos monumentais.
Mas não era maia a civilização que construiu as ruínas descobertas no meio da densa e inexplorada floresta de “La Mosquitia”, nas Honduras.
Os arqueólogos dizem que se trata de uma cultura ainda pouco estudada e para a qual não têm sequer um nome, mas que situam temporalmente entre os anos 1000 e 1400 D.C..
REALIDADE OU MITO?
A descoberta não foi uma absoluta surpresa. Os exploradores andavam à procura da “Cidade Branca”, uma cidade lendária que os nativos daquela região acreditam ter existido e ser cercada por muros tão altos que superavam as copas das árvores da impenetrável floresta.
Segundo a lenda, era na “Cidade Branca” que os indígenas se refugiavam dos conquistadores espanhóis. Foi Cristóvão Colombo quem descobriu as Honduras em 1500 e o país foi depois colonizado pelos espanhóis. É por isso que o castelhano é a língua falada, ainda hoje, pelos hondurenhos.
Em 2012, uma tecnologia designada Lidar (Light Detection and Ranging) permitiu confirmar a existência de ruínas na região. Peritos da Universidade de Houston (Estados Unidos) sobrevoaram a área num Cessna Skymaster equipado com um sistema de laser capaz de fazer um mapa digital em 3D e delinear a topologia escondida por baixo da selva.
UMA CIVILIZAÇÃO MISTERIOSA
Foram essas imagens geradas pelo Lidar que motivaram a expedição, terminada em finais de fevereiro. No terreno, os arqueólogos encontraram os edifícios públicos arquitetónicos que o mapa deixava adivinhar, mas também uma grande quantidade de esculturas em pedra, intactas desde que a cidade foi abandonada, e mais de meia centena de peças arqueológicas, entre as quais vasos trabalhados com serpentes e outras figuras zoomórficas.
Mais do que a “Cidade Branca”, conta a National Geographic, os especialistas acreditam ter encontrado várias “cidades perdidas” que, no seu conjunto, “representam algo de mais importante: uma civilização perdida”.
Parece, ou não parece, a história de um filme?