Trump, Twitter e desinformação
A rede social passou a assinalar conteúdo falso publicado pelo presidente norte-americano.
Donald Trump tem usado as redes sociais e, em particular, o Twitter para difundir desinformação. Fá-lo não só desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos, em novembro de 2016. Já antes, como candidato, se tinha servido das redes para difundir informação falsa. Foram vários os visados das suas mentiras. Um deles foi o ex-presidente Barack Obama, cujo certificado de nascimento, por exemplo, Trump afirmou ser falso.
Até ontem, Trump pôde espalhar informação enganosa nas redes sociais livremente. Mas a sua plataforma de comunicação favorita, o Twitter, surpreendeu-o. Assinalou tweets seus com um ponto de exclamação por baixo e uma advertência aos seguidores, incentivando a leitura de factos sobre os temas focados pelo Presidente (relacionados com as eleições).
O Twitter junta-se assim a plataformas como o Facebook na luta pelo combate à desinformação (também conhecida por “notícias falsas”, um termo que não deveria ser utilizado, uma vez que as notícias são, por natureza, verdadeiras).
Este é ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos e ainda está fresca a memória do escrutínio de 2016, em que Donald Trump se sagrou vencedor.
Foi sobretudo a partir de então que o tema da desinformação entrou no debate público. Pensa-se que as informações falsas que circularam nas redes sociais durante o período de campanha condicionaram fortemente o resultado das eleições.
A desinformação é uma ameaça ao funcionamento dos sistemas democráticos e daí ser alvo de tanta preocupação. Em Democracia os cidadãos são convidados a fazer escolhas e a votar e fazem-no tendo em conta a informação de que dispõem. Se essa informação for falsa e enganosa, as opções dos cidadãos não serão livres, mas manipuladas, pondo em causa o normal e desejável funcionamento das instituições.
Neste artigo, explicámos-te a importância de estares bem informado.