Qual a origem do dia das mentiras?
A “culpa” é de um Papa, não do Pinóquio, mas se puséssemos aqui a foto de Gregório XIII não ias pensar em mentiras.
Parece mentira, mas não é: o dia das mentiras começou mesmo por causa de um Papa. E hoje ainda é dia 30 de março, ou seja, ainda não vale pregar partidas.
A versão mais consensual sobre a origem do 1º de Abril, esse dia que é quase como o Carnaval, já que “ninguém leva a mal”, remonta ao século XVI.
Ainda que involuntariamente, é o Papa Gregório XIII quem está na origem desta brincadeira. Ele não mentiu, não cometeu pecado algum, mas a sua decisão (tomada em 1562) de reger o mundo cristão por um novo calendário faz com que muita gente peque hoje no dia 1 de Abril sem sentir peso na consciência.
O que se passou? Com a adoção do calendário gregoriano o início do ano mudou de data – para o 1 de janeiro, que ainda hoje assinalamos.
Até então, o fim-de-ano e o início de um ano novo estavam associados ao equinócio de Primavera. Festejavam-se entre 25 de março e 1 de abril.
A França do rei Carlos IX tardou em seguir o decreto papal. Só em 1564, terá aceite o calendário instituído dois anos antes. Ainda assim, muitos franceses continuavam a ignorar janeiro e a festejar o Ano Novo em março.
Estes resistentes à mudança começaram a ser alvo de troça por parte dos defensores do novo calendário. Para os ridicularizar, pregavam-lhes partidas. E assim começava uma tradição que se viria a alastrar a outros países, dentro e fora da Europa.
Em França, o termo para o dia que se comemora depois de amanhã é “Poisson d’avril”, tal como em Itália: “Pesce d’aprile”. Já no Reino Unido e nos Estados Unidos, o dia das mentiras é conhecido por “April fool’s day”.
Se estás sem ideias para pregares partidas no dia 1, lê estes artigo e inspira-te: 5 ideias para o Dia das Mentiras.
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