A China diz ‘stop’ ao comércio de marfim
O principal consumidor mundial de marfim anunciou a proibição até ao final do ano.
Os elefantes não poderiam ter entrado melhor em 2017. A China decidiu proibir o comércio de marfim no país até ao final do ano que agora está a começar.
Com esta medida tomada pelo governo chinês vai evitar-se a morte de entre 20 a 30 mil elefantes por ano, vítimas de caça furtiva, destinada ao tráfico de marfim.
Associações ambientalistas lutaram durante anos para que o comércio de marfim terminasse, alertando para o risco de extinção dos elefantes. A WWF já se congratulou com o que designa por “decisão histórica”.
O marfim, proveniente dos dentes dos elefantes, é conhecido por “ouro branco” e comprado por muitos chineses, que o ostentam, em joias ou objetos decorativos, como símbolo de riqueza.
Um quilo de marfim pode chegar a custar 1000 euros.
A proibição do comércio de marfim na China vai implicar o fecho de inúmeras lojas que se dedicam à venda do material, bem como de oficinas onde o marfim é trabalhado e transformado em objetos vários.
31 de março é a data limite dada para que as empresas chinesas ligadas a estas atividades fechem portas.
O comércio internacional de marfim é proibido desde 1989. Mas a permissão de venda em mercados internos tem alimentado o tráfico de dentes de elefante.
Entre 2007 e 2014, a população de elefantes que habita as savanas africanas sofreu um decréscimo de 30%, segundo dados da CITES, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.
Os maiores animais terrestres do mundo – chegam a pesar seis toneladas -, são ainda ameaçados por guerras e pela destruição dos seus habitats.
Segundo dados da WWF, haverá hoje 415 mil elefantes em África e, na Ásia, restarão apenas entre 40 a 50 mil exemplares.
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