A Nova Zelândia põe fim à exportação de animais vivos
O respeito pelos direitos dos animais está cada vez mais na ordem do dia. Movimentos como o Light Out (em que as cidades diminuem a iluminação noturna para proteger a vida de aves migratórias) ou o Zoo XXI (que tenta pôr fim à exibição de animais em circos) são disso exemplo.
A Nova Zelândia quer estar na vanguarda desta luta pelo bem-estar animal. Essa razão levou o ministro da agricultura do país, Damien O’Connor, a anunciar a proibição de exportação de gado vivo por navio.
Em causa está o facto de o país não poder garantir que a qualidade de vida dos animais é assegurada durante o seu transporte por via marítima. Tal choca com o que é o objetivo do governo nova-zelandês: “Estamos a trabalhar para a nossa reputação de ser os produtores de gado mais éticos do mundo”, afirmou O’Connor à imprensa.
A proibição agora anunciada só entrará em vigor a partir de 2023, dando assim tempo aos produtores exportadores de honrarem os compromissos já assumidos e adaptarem o seu negócio.
E em Portugal?
A luta pela proibição do transporte de animais vivos envolve ativistas em todo o mundo. Portugal incluído. No nosso país, existe desde 2017 a Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos (PATAV).
Este movimento cívico tem-se batido sobretudo pela abolição do transporte de bovinos e ovinos portugueses por via marítima para o Médio Oriente e Norte de África. Nas suas redes, a PATAV tem vindo a denunciar as “condições insalubres e indignas” em que estes animais são forçados a viajar.
O objetivo da PATAV é que a lei portuguesa venha a proibir este tipo de transporte, algo que, até ao momento, ainda não conseguiu.