Espalhem a notícia: há mais um roaz no Sado
Filho da mãe Bisnau e de pai incógnito, o mais jovem golfinho português ainda não tem nome.
Um nascimento é sempre motivo de celebração. No caso dos roazes que habitam o Estuário do Sado, um nascimento é também motivo de notícia.
Ali, ao largo de Setúbal, vive a única família existente em Portugal destas criaturas simpáticas e sociáveis (é, também, uma das poucas existentes na Europa).
E não se pode dizer que, para a sua espécie, seja uma família numerosa. Contava 27 membros em maio passado. Agora são 28, depois do nascimento de mais uma cria, em junho.
A boa-nova só hoje foi divulgada pelo Instituto de Conservação da Natureza. A notícia foi mantida em segredo durante estes cinco meses para, como explica o comunicado, “proteger a nova cria garantindo a tranquilidade necessária nos primeiros meses de vida”.
O mamífero está bem de saúde, tem sido visto a nadar ao lado de familiares, como se vê pelas fotografias tornadas públicas, mas ainda não foi batizado – serão os alunos das escolas da zona do Estuário do Sado a decidir por que nome irá o jovem cetáceo responder.
O período de gestação dos roazes é mais longo do que o de um ser humano: 12 meses. As crias têm cerca de um metro de comprimento à nascença e um peso que varia entre os 25 e os 30 quilos. Na idade adulta, chegam a medir quatro metros e a pesar… 600 quilos.
A história dos roazes no Sado é centenária. Nas décadas de 80 e 90 do século passado, porém, a população destes mamíferos sofreu um grande declínio na região. Em 2011, registava apenas 25 animais.
A equipa do Estuário alegra-se por todas as crias nascidas nos últimos anos, à exceção de uma (a cria Sapal, que morreu em agosto de 2013, atacada por outros golfinhos), continuarem bem. Há a lamentar a morte recente do Asa, um roaz adulto, dos mais velhos do grupo.
Se quiseres saber mais sobre estes mamíferos, deixamos-te o link para a página do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.