O cocó dos surfistas pode ajudar a ciência

Uma universidade britânica vai analisar os dejetos para saber mais sobre as bactérias resistentes aos antibióticos.

Quando a questão é estudar o impacto da poluição da água do mar na saúde humana, nada melhor do que pedir uma ajuda aos praticantes de surf.

Calcula-se que os surfistas ingiram dez vezes mais água do mar do que, por exemplo, nadadores, engolindo 170 mililitros de cada vez que vão surfar.

Os investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, já mostraram, em estudos anteriores, que a água do mar contém bactérias resistentes aos antibióticos.

O próximo estudo que pretendem realizar é sobre o modo como essas bactérias podem afetar os micróbios que vivem nos intestinos dos humanos e qual o impacto na nossa saúde.

A equipa da Universidade pediu ajuda à associação ambiental ‘Surfers Against Sewage’ para encontrar 150 surfistas (ou praticantes de bodyboard) dispostos a participar no estudo.

Procuram voluntários adultos e saudáveis, que vivam em Inglaterra, Reino Unido ou Irlanda do Norte, e pratiquem surf pelo menos três vezes por mês.

A análise dos dejetos daqueles desportistas vai ser estudada em comparação com dejetos de não surfistas e o trabalho, no seu conjunto, pode dar um contributo valioso à ciência.

A resistência das bactérias aos antibióticos é um grave problema com que a medicina se depara na atualidade, dificultando o tratamento de infeções e doenças.  

O projeto intitula-se ‘Beach Bums’ e podes ler mais sobre ele aqui.

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