Corridas de drones: um desporto a levantar voo
As imagens parecem tiradas de um filme da Guerra das Estrelas. Estaremos perante o próximo grande desporto motorizado?
Desde que saíram do domínio da ficção científica e se começaram a aproximar do nosso quotidiano, todos sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, isto iria acontecer…
Motor, velocidade, controle remoto – os drones têm todos os ingredientes necessários para proporcionar empolgantes momentos de competição.
Os primeiros vídeos a circular no YouTube mostram-no. Especialmente este, gravado no sudeste de França, com mais de dois milhões de visualizações e milhares de comentários.
Está em francês, mas, mesmo que não entendas o idioma, as imagens falam por si.
A corrida, realizada em setembro do ano passado, foi organizada por uma associação de drones francesa, a ‘Airgonay’, cujos membros são fãs de gadgets e de ‘quadcopters’ (drones).
Os participantes tinham de cumprir um circuito por entrre árvores com os seus veículos voadores, comandando-os à distância.
Nestas corridas, uma câmara instalada nos drones vai transmitindo para uns óculos especiais imagens, dando a ilusão aos pilotos de que estão dentro dos aparelhos, numa experiência verdadeiramente imersiva (é por isso que estas competições são chamadas de ‘FPV Racing’ – ´First Personal View’).
A tal ponto que há quem garanta que é possível ficar enjoado ao conduzir um “brinquedo” destes. Nesta corrida, os veículos chegaram a atingir uma velocidade de 50 km/hora.
O que em França é obra de um clube, nos Estados Unidos, habituados a fazer tudo em grande, pode ser motivo para fundar uma empresa, tendo em vista altos voos, como a organização de uma Liga Profissional de Corridas de Drones.
O proprietário dos ‘Miami Dolphins’ (equipa de futebol americano), Stephen Ross, investiu um milhão de dólares na ‘Drone Racing League’ para tornar estas corridas num grande negócio.
Um dos parceiros do bilionário norte-americano disse ao jornal ‘Los Angeles Times’ que pretendem transformar as competições de drones num desporto rentável, com patrocinadores, cobertura mediática e, talvez, até, bilhetes para assistir às corridas.
Enquanto a Liga não começa, já se realizaram outras competições. Los Angeles recebeu o ‘Aerial Grand Prix’, em outubro passado, com participantes a competir num circuito descampado a altas velocidades (até 160 km/hora).
Claro que as corridas não são para todos. Desde logo, porque quem participa constrói por norma o próprio veículo. Além disso, saber comandá-lo é algo que implica muito treino… e responsabilidade. Há regras para cumprir e a segurança é para levar bem a sério, sobretudo nos Estados Unidos onde as normas são rigorosas.
Se te interessas pelo tema, espreita os artigos sobre as entregas de encomendas com drones da Amazon e sobre como estes veículos podem ser úteis a determinadas tribos. Bem, as motos voadoras também têm o seu lado drone.