A América viu-se livre do sarampo
É a primeira região do globo a consegui-lo. Graças à vacinação.
Causada por um vírus, o sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida facilmente através de espirros e tosse, sobretudo entre crianças.
Antes de ser descoberta uma vacina contra a doença (em 1963), e de a sua toma ser generalizada, o sarampo matava todos os anos cerca de 2,6 milhões de pessoas.
A vacinação permitiu que este número diminuísse muito. Entre 2000 e 2014, a mortalidade por sarampo diminuiu 79%. Em 2014, apenas 15% das crianças com menos de um ano de idade não tomaram a vacina.
Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS) que lembra, no entanto, que o sarampo continua a matar. Em 2014 ainda houve 314 pessoas a morrer diariamente desta doença (114 900 mortes por ano) em todo o mundo.
A OMS traçou como objetivo para 2020 conseguir a eliminação do sarampo em pelo menos cinco das suas seis regiões (África, Américas, Sudeste Asiático, Europa, Mediterrâneo Oriental e Pacífico Ocidental).
A América foi a primeira destas regiões a conseguir erradicar o sarampo endémico. Ou seja, a esmagadora maioria da população (90 a 95%) está imune à doença graças ao esforço que houve de vacinação. Ainda poderá haver casos de sarampo no continente, trazidos por pessoas de outros lugares.
É por esta razão que a vacinação contra a doença deve continuar a ser feita, pois ela pode ser importada através de pessoas vindas de outras zonas do globo (turistas, emigrantes…).
E EM PORTUGAL?
Portugal recebeu em setembro último um diploma oficial da OMS que certifica a eliminação do sarampo e também da rubéola, outra doença contagiosa entre crianças.
Mas como as duas doenças continuam a existir no mundo, a vacinação continua a ser fundamental.
Ainda bem recentemente, em 2015, se registou na Europa um surto de sarampo, atribuído pela OMS à não-vacinação contra a doença.
Portugal é um dos países melhor colocados a nível mundial no que diz respeito à erradicação de doenças. Já conseguiu livrar-se de sete: além do sarampo e da rubéola, também eliminou a malária, a varíola, a poliomielite, a difteria e a raiva humana.