Cem animais resgatados de um zoo sobrelotado no México
No “Club de los Animalitos”, propriedade de um deputado mexicano, havia jaulas empilhadas, falta de espaço e animais incompatíveis a partilharem o mesmo teto.
No México há cerca de 12 mil jardins zoológicos. Embora a lei estipule as condições para o seu funcionamento, é difícil às autoridades assegurar que todos cumprem as normas.
Os cidadãos têm um papel fundamental no controlo. Neste caso, foram os visitantes a dar o alerta para as más condições em que centenas de animais se encontravam.
Entre eles, estão 15 tigres-de-bangala, nove jaguares, cinco pumas, sete leopardos, cinco leões africanos, dois ursos, três antílopes e outros tantos bisontes, um tigre, seis macacos… A lista é imensa e inclui também répteis e aves.
Choveram denúncias de maus tratos – de animais lesionados por estarem confinados a espaços reduzidos, de jaulas empilhadas (com os dejetos de uns a caírem sobre outros), de falta de condições de segurança (situações em que os visitantes conseguiam meter a mão na jaula do animal e tocar-lhe).
A Profepa, o organismo responsável pela proteção ambiental, decidiu levar a cabo uma grande operação inspetiva, que terminou com o resgate de uma centena de animais dos 240 que viviam no zoo, em Tehuacán, a 250 quilómetros da Cidade do México.
Os técnicos não só confirmaram todas as denúncias, como encontraram mais falhas: animais que não estavam legalizados, falta de pessoal para tratar dos bichos, grandes lacunas a nível da alimentação e cuidados veterinários.
A organização governamental tenta agora encaminhar os vários animais para locais que lhes possam assegurar condições de vida dignas e, nalguns casos, tratamento veterinário, já que muitos se encontram feridos.
Uns lesionaram-se devido à falta de espaço, outros na sequência de brigas, por partilharem jaulas com “companheiros” incompatíveis.