Elefantes: acabou-se o circo

Foi uma semana em cheio para eles: o Príncipe William pôs o mundo a falar no tráfico de marfim e o Ringling Bros vai deixar de os ter como estrelas.

Por detrás das acrobacias de um número de circo estão, por vezes, horas e horas de tortura para os animais, obrigados a aprender e a assumir posturas que vão contra a sua natureza.

Há vários anos que muitas organizações de defesa dos animais denunciavam a violência a que estavam sujeitos os elefantes de um dos maiores circos do mundo.

O Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus anunciou, há um par de dias, que até 2018 vai deixar de ter elefantes nos seus espetáculos.

Tigres, leões, cavalos, cães e camelos não terão, para já, a mesma sorte.

No comunicado de imprensa, a companhia diz tratar-se de “uma decisão sem precedentes nos seus 145 anos de história” e explica que os 13 animais se vão juntar a outros 40, a viver no Centro Ringling Bros para a Conservação Animal, na Flórida (Estados Unidos).

NADA DE TROMBAS

Se há coisa que esta semana os elefantes não estão é de trombas.

Na sua visita à China, o Príncipe William pôs o drama que estes animais vivem nas páginas de jornais de todo o mundo.

Lembrou os milhares de elefantes que continuam a morrer para alimentar o comércio do marfim. Em 2012, cerca de 22 mil elefantes foram ilegalmente mortos, só no continente africano, segundo um estudo apresentado pelo CITES.

O CITES é uma Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, criada para garantir a sobrevivência no estado selvagem de muitos animais e plantas em risco.

É sobretudo na Ásia que o comércio ilegal de objetos decorativos feitos com os dentes dos elefantes continua, apesar de muitos países do continente terem assinado aquele documento já em 1989.

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