Em França, os Pokémon não vão à escola
Pelo menos os mais raros. A Ministra da Educação falou do jogo no discurso de abertura do ano letivo.
Em França, o ‘Pokémon Go’ virou assunto sério. Tão sério, que a Ministra da Educação francesa se referiu a ele na abertura do novo ano escolar.
Najat Vallaud-Belkacem disse ter pedido uma reunião à ‘Niantic’ (que desenvolveu o jogo em parceria com a Nintendo e a ‘Pokémon Company’), para pedir que não sejam colocados Pokémon especiais dentro das escolas.
A preocupação é maior do que possas pensar – não está apenas em causa o facto dos mais ferozes caçadores de Pokémon não se concentrarem nas aulas, mas também uma questão de segurança.
Com a ameaça terrorista a pairar sobre o país, a Ministra entendeu que o jogo poderia gerar problemas de segurança nas escolas. O receio maior é que, havendo Pokémon raros nos estabelecimentos de ensino, pessoas estranhas a eles se possam aproximar e tentar entrar nos recintos para caçar as figurinhas virtuais.
Já há algum tempo que a empresa responsável pelo jogo prevê que a localização de Pokémon em determinados sítios possa gerar problemas e criou, no próprio site, uma área para pessoas ou instituições poderem submeter pedidos para que sejam removidos ‘Pokéstop’ ou ‘Gym’ de determinados locais.
Uma possibilidade surgida, talvez, depois de espaços como o museu do campo de concentração ‘Auschwitz-Birkenau’ se ter insurgido contra a presença de alguns Pokémon no local e de pessoas a caçarem-nos.
De resto, o fim das férias e o regresso às aulas é certamente uma das razões apontadas para o decréscimo no número de jogadores de ‘Pokémon Go’. Em agosto, o jogo perdeu cerca de 15 milhões de utilizadores em todo o mundo.
Apesar de tudo, o sucesso continua, alimentado até por novas possibilidades dadas aos jogadores (que podem agora, por exemplo, aceder a estatísticas de defesa e ataque para cada uma das figuras).
E por falar em “alimentar”, sabias que já se podem comer “hambúrgueres Pokémon”? Fica um bocado distante de nós, mas pode. Uma hamburgaria de Sydney, na Austrália, fez hambúrgueres ‘Pikachu’, ‘Bulbasaur’ e ‘Charmander’, com as cores correspondentes, é claro.