Esta nuvem é uma ‘Fluctus’, parece-se com as ondas do mar
Eis um dos 12 novos tipos de nuvem a integrar o Atlas Internacional de Nuvens. Conhece os outros.
Todos sabemos que as nuvens não são todas iguais e já alguma vez demos por nós espantados a olhar o céu, observando a beleza de um padrão ou a forma rara de uma nuvem. Mas talvez não imaginemos que as nuvens têm nomes e que existe mesmo um Atlas Internacional de Nuvens.
Ele foi publicado pela primeira vez em 1896, é da responsabilidade da ‘World Meteorological Organization’ e é uma referência global para profissionais da meteorologia, da aviação, da navegação – as nuvens ajudam a perceber o tempo e a prever a sua evolução -, bem como para amantes do céu diurno, permitindo uma identificação rigorosa das nuvens observadas em todo o mundo.
No dia 23 de março celebra-se o Dia Mundial da Meteorologia e, este ano, a WMO celebrou-o de uma forma especial, atualizando o seu Atlas Internacional de Nuvens.
Desde 1987, há 30 anos portanto, que ele não era atualizado. A WMO aproveitou a ocasião para lançar a versão digitalizada do Atlas, que está agora disponível online, com centenas de imagens submetidas por meteorologistas e apaixonados de nuvens de todo o mundo.
As novas entradas no Atlas dizem respeito a novas formas de nuvens identificadas. Há uma “espécie” nova, a ‘Volutus’, que podes ver na imagem seguinte – uma nuvem longa, horizontal, em forma de tubo.
Depois, há “caraterísticas suplementares”, uma espécie de variações de nuvens que já se conheciam, como é o caso da nuvem com que abrimos este artigo, a ‘Fluctus’, ou esta que te mostramos em seguida, que também lembra a ondulação marinha, a ‘Asperitas’.
Há ainda “nuvens acessórias”, nuvens mais pequenas que acompanham uma nuvem maior, já identificada. E “nuvens especiais”, que se formam ou crescem em consequência de fatores específicos, naturais ou humanos.
Entre as novas “nuvens especiais”, estão, por exemplo, a ‘Homogenitus’, formada por aviões (foto acima), ou a ‘Cataractagenitus’, formadas sobre quedas de água (foto abaixo).
Se és apaixonado por nuvens, já podes ver que não, “não és o único a olhar o céu”. Sugerimos-te que dês uma espreitadela na página da ‘Cloud Appreciation Society’, que reúne apaixonados por nuvens de todo o mundo e foi responsável por algumas das novas entradas no Atlas. Esta Sociedade, tal como a WMO, apelam a que dês o teu contributo para o avanço do conhecimento neste campo, submetendo fotografias de nuvens que vejas e que não encontres no Atlas.
Mas, para começar, aconselhamos-te que leias este artigo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que é uma boa porta de entrada nas nuvens.