E se lançar balões fosse proibido?

A discussão dividiu o estado americano de Virgínia nas últimas semanas. Em causa, os danos no ambiente provocados pelos balões.

Há propostas que são feitas mais para promover o debate sobre uma questão do que propriamente para virem a ser aprovadas no imediato.

Parece ser esse o caso da proposta apresentada por um deputado republicano, Jeff McWaters, para proibir o lançamento de balões no estado americano de Virgínia, banhado pelo oceano Atlântico.

De acordo com investigados do Aquário de Virgínia há muitos animais, em terra e no mar, a morrerem por causa de balões. O conhecimento desse facto levou a que a questão passasse para a esfera política, graças ao empenho de cidadãos e ambientalistas.

NO TOP 3 DO LIXO

Ed Clark, do Centro da Vida Selvagem da Virgínia, disse ao jornal San Francisco Chronicle, que as tartarugas marinhas são as que mais sofrem com os balões, porque os confundem com medusas: “comem-nos e acabam por morrer”.

Mas há outros animais afetados, nomeadamente pássaros, que ficam enredados nos fios de nylon ou plástico que normalmente vão agarrados aos aparentemente inofensivos balões coloridos.

Segundo um dos diretores do Aquário de Virgínia, citado por outro jornal, o Wavy.com, os balões são uma das três formas de lixo mais encontradas nas praias daquele estado norte-americano (4000 em dois anos).

LANÇAMENTO DE BALÕES: MAIS DE 50 DÁ MULTA

Na realidade, de acordo com a ONG Clean Virginia Waterways, há já cinco estados americanos onde é proibido lançar mais de 50 balões para a atmosfera no espaço de uma hora. A Virgínia é um deles, mas essa lei parece não estar a ser suficiente.

A proposta que acabou por não ser aprovada pelo Senado da Virgínia (21 senadores votaram contra e 16 a favor), previa que as coimas aplicadas aos infratores revertessem a favor de campanhas de reciclagem e de controlo de lixo.

Mesmo não tendo passado, a proposta permitiu que muita gente ficasse a saber que quando lança um balão à atmosfera, ele vai cair em algum lado, muitas vezes, em praias e outros habitats, constituindo uma ameaça para a vida selvagem.

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