Antártida: muito mais que focas e pinguins
Um estudo revela a existência de mais de oito mil espécies no ambiente marinho do continente gelado.
O Tratado da Antártida está em vigor desde 1961. Vários países do mundo concordaram em assinar um documento onde se estabelece que a região só será utilizada para fins pacíficos.
Um desses fins é a investigação científica. E têm sido muitos os estudos levados a cabo nesta zona, onde se encontra a maior reserva de água doce do planeta.
Terra de muitos mistérios, a Antártida surpreendeu recentemente os cientistas, como é noticiado num artigo acabado de publicar na prestigiada revista ‘Nature’.
Uma investigação da Universidade ‘Monash’ de Melbourne (Austrália) mostrou a existência de mais de oito mil espécies no ambiente marinho do continente. “Muito mais do que algum dia se imaginou”, contou a uma rádio australiana um dos autores do estudo.
Foram encontradas aranhas de mar, tatus (mamíferos desdentados ou com poucos dentes), uma espécie de bichos-de-conta, albatroz e uma impressionante diversidade de micróbios.
Steven Chown, o investigador principal do estudo citado pelo jornal britânico ‘The Guardian’, contesta a visão que ainda prevalece da Antártida: “Muitas pessoas pensam ainda nela como um vasto, desértico e gélido continente, com um mar uniformente povoado por baleias, focas e pinguins, mas isso não é verdade”.
A equipa responsável pelo estudo reclama mais áreas protegidas e chama a atenção para a importância de preservar “um dos grandes ecossistemas marinhos ainda relativamente intactos do planeta”.
Se quiseres ver um vídeo com imagens poéticas das águas serenas e límpidas da Antártida clica aqui.