Censos no zoo: nem os insectos escapam

NO Zoo de Londres, o ano começa sempre com a contagem de todos os animais. Invertebrados incluídos.

Contar elefantes, girafas ou leões não deve ser muito difícil. O mesmo não se poderá dizer de aranhas, peixes ou pássaros. Os tratadores do Zoo de Londres estão com sorte: as formigas, pelo menos, podem ser contadas por colónias e não, como todos os outros animais, um a um.

Contar, no entanto, não chega. Tal como nos censos humanos, é preciso (sempre que possível, neste caso) apurar o sexo de cada habitante da casa.

No ano passado, o zoo registou 16 869 animais, de mais de 750 espécies. Entretanto, uns chegaram, outros reproduziram-se, outros morreram, outros ainda foram enviados para outros zoos ou parques. Está, portanto, na altura de pegar em papel e caneta e contá-los todos outra vez. Os peixes são tão difíceis de contar, que os tratadores utilizam a máquina fotográfica para se certificarem que nenhum ficou fora da contagem.

A tarefa, está visto, é complicada. Não espanta que demore geralmente uma semana a ser concluída. Este ano, há três números que todos os trabalhadores do zoo sabem de cor: dez pinguins de Humboldt, três tigres da Sumatra e três crocodilos das Filipinas. São todos bébes e pertencem a espécies raras hoje em dia, o que fez deles os animais sensação do jardim zoológico em 2014.

Mas, afinal, por que é que é preciso contar todos os animais? Trata-se de um requisito obrigatório, sem o qual nenhum zoo de Inglaterra obtém licença para estar aberto. Além disso, a contagem tem também fins de preservação ambiental. No final, os dados são registados no International Species Information System, permitindo gerir melhor programas de procriação animal para espécies em vias de extinção.

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