Nova Iorque: menos luzes, mais pássaros

As luzes de muitos arranha-céus vão apagar-se para não baralhar as aves migratórias.

Nova Iorque é uma das cidades mais visitadas do mundo. E não apenas por humanos. 

A cidade está na rota de milhares de aves que, todos os anos, na Primavera e no Outono, a sobrevoam, ao deslocar-se de um ponto ao outro dos Estados Unidos. 

Para as aves, a passagem pela cidade que nunca dorme, não é pacífica. Especialmente durante a noite. 

Muitas espécies de aves costeiras e cantoras utilizam as estrelas para se orientarem e a iluminação exterior excessiva faz com que milhares se desorientem, explica a associação New York City Audubon, que luta pela proteção da vida selvagem. 

A Auduon congratula-se com a medida anunciada esta semana pela Câmara de Nova Iorque. Durante os períodos de migração das aves (de 15 de abril a 31 de maio e de 15 de agosto a 15 de novembro), os edifícios públicos passam a apagar todas as luzes exteriores não essenciais a partir das onze da noite.

Além de facilitar a orientação natural das aves, a Câmara espera diminuir um fenómeno conhecido por “atração fatal pela luz”. 

O departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que, todos os anos, entre 500 e 1000 milhões de aves morram no país ao colidir com edifícios.  

Em paralelo, foi anunciado o lançamento do website I Love New York Birding, já on-line, onde são dadas informações sobre a observação de aves em todo o Estado de Nova Iorque. 

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