Se vires alguém a correr de quatro, isso é ‘Crunning’
Em Melbourne, na Austrália, há quem ande nas ruas a correr também com os braços.
‘Crawling’ (rastejar) mais ‘Running’ (correr) é igual a uma forma muito estranha de praticar exercício físico, o ‘Crunning’, que consiste em usar os membros inferiores e superiores como forma de deslocação. Sim, é isso mesmo, tipo cão ou gato.
O precursor do ‘Crunning’ é Shaun McCarthy, um australiano residente em Melbourne, que já conseguiu convencer outros atletas a acompanharem-no nesta forma original de correr.
Pelos vídeos que postam no YouTube, como o que podes ver no final deste artigo, há quem já nem se espante quando os atletas treinam assim pelas ruas da cidade.
McCarthy criou uma página no Facebook para divulgar o seu ‘Crunning Movement”, onde enumera as vantagens desta prática desportiva. Diz ele que praticar ‘Crunning’ é melhor do que correr: “Permite exercitar todo o corpo e queimar mais calorias”.
Na página, ensina também como praticar o exercício. Explica, por exemplo, que as palmas das mãos devem assentar por completo no solo, e deixa dicas. Algumas óbvias, como usar luvas.
O professor de Educação Física Fernando Marinho Gonçalves considera que este exercício tem pouco de novo: “Utiliza-se há muitos anos para melhorar, juntamente com outros exercícios, a condição física em atletas de vários desportos e, até, para ajudar a melhorar a postura corporal”.
Tem, no entanto, sérias dúvidas quanto à sua prática isolada e à sua afirmação como modalidade desportiva: “É um exercício muito exigente, por vezes violento, a nível da coluna, das ancas e, até, de braços e pernas. Pode ser interessante e benéfico para crianças, porque se aproxima muito do gatinhar, mas sempre associado a outros exercícios. Para adultos, como muitos outros exercícios, deve ser proposto caso a caso”.
E depois há a questão da figura: ter coragem para andar a correr assim na rua não é, definitivamente, para todos.